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G7 finaliza plano ambicioso de ajuda a Ucrânia com os ativos russos bloqueados pelo Ocidente

Não está claro o aconteceria se os ativos da Rússia fossem liberados ou quem assumiria o risco em caso de falta de pagamento

Pol COSTA (AFP)
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Os líderes das sete democracias mais ricas do mundo iniciam nesta quinta-feira (13.06) na Itália sua reunião de cúpula anual, um encontro que pretende concluir um acordo para um ambicioso plano de ajuda à Ucrânia, financiado com os ativos russos bloqueados pelo Ocidente.

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, assim como os primeiros-ministros do Canadá (Justin Trudeau), Reino Unido (Rishi Sunak), Japão (Fumio Kishida) e Alemanha (Olaf Scholz) se unirão à anfitriã, a primeira-ministra da Itália Giorgia Meloni, no resort de luxo de Borgo Egnazia, na região da Apúlia, perto do Mar Adriático.

O plano para a Ucrânia pretende utilizar os juros gerados pelos quase 300 bilhões de euros (325 bilhões de dólares, 1,75 bilhão de reais) em ativos russos congelados pelos aliados ocidentais após a invasão de fevereiro de 2022, como garantia para conceder um crédito de 50 bilhões de euros ao país em guerra.

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"Tivemos ótimos avanços", declarou conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, aos jornalistas que viajavam com o presidente americano.

Na quarta-feira, a presidência francesa destacou que existe um acordo, mas que ainda persistem incógnitas sobre o que aconteceria se os ativos russos fossem liberados, no caso de um hipotético acordo com a Rússia, ou quem assumiria o risco em caso de falta de pagamento.

De modo paralelo, Washington anunciou na quarta-feira uma nova série de sanções para frear a ofensiva russa na Ucrânia, visando entidades na Rússia, mas também na China, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

Biden e seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, assinarão durante o encontro do G7 um acordo de segurança para "deixar claro" que o apoio dos Estados Unidos a Ucrânia "vai durar muito tempo", afirmou Sullivan.

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Zelensky afirmou nesta quinta-feira que espera "decisões importantes" na reunião do G7, incluindo a assinatura de acordos de segurança com Estados Unidos e Japão.

"Grande parte (do encontro) será dedicado à Ucrânia, nossa defesa e nossa resiliência econômica", escreveu o presidente no Telegram.

A outra grande questão que será debatida em Apúlia é como alcançar uma trégua na guerra da Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.

Os líderes do G7 anunciaram apoio a uma proposta de trégua de Biden, que prevê a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em Israel no ataque de 7 de outubro.

O movimento islamista, no entanto, deseja algumas mudanças no plano. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que algumas mudanças são possíveis e outras não.

"O tempo de barganhar terminou", afirmou Sullivan. Israel não anunciou oficialmente sua postura sobre a trégua e continua com a ofensiva no território palestino.

O papa, novo guru da IA?

A primeira-ministra italiana, cujo país ocupa a presidência rotativa do G7, também convidou vários governantes de países que não pertencem ao grupo, incluindo os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Javier Milei.

Nas sessões temáticas e nas várias reuniões bilaterais previstas, os líderes devem abordar outras questões, começando pelas tensões com a China, uma das principais bases de apoio da Rússia.

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A lista de convidados também inclui o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, o rei Abdullah II da Jordânia e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Mas talvez um dos convidados mais inesperados seja o papa Francisco, 87 anos, que desta vez vem não participará do evento apenas como líder espiritual, mas também para dar uma palestra na sexta-feira sobre Inteligência Artificial e "algorética" (a ética dos algoritmos), uma questão que preocupa o Vaticano.

A reunião de cúpula acontece em Borgo Egnazia, um resort exclusivo que fica 60 quilômetros a sul de Bari, a capital regional, totalmente afastado do mundo exterior e também dos jornalistas.

O complexo hoteleiro, que imita a arquitetura italiana como se fosse um parque temático, é o favorito de Madonna em suas viagens à Itália e, entre outros serviços, tem um restaurante com estrela no guia Michelin.

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