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Papa diz que lições da Segunda Guerra não foram aprendidas: 'homens têm memória curta'

Papa Francisco alertou para o risco de um novo “conflito generalizado”, por ocasião das cerimônias na França para o 80º aniversário do Desembarque dos aliados na Normandia

Agence France-Presse (AFP)
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O papa Francisco lamentou nesta quarta-feira (5) que os homens “tenham memória curta” e alertou para o espectro de um novo “conflito generalizado”, por ocasião do início das cerimônias na França para o 80º aniversário do Desembarque dos aliados na Normandia

“Se durante várias décadas a memória dos erros do passado sustentou a firme vontade de fazer todo o possível para evitar a eclosão de um novo conflito mundial aberto”, este já não é o caso, lamentou o jesuíta argentino em uma carta enviada ao Monsenhor Jacques Habert, bispo de Bayeux, na região francesa da Normandia. 

Os homens, de fato, “têm memória curta” e “é preocupante que por vezes a hipótese de um conflito generalizado seja novamente considerada seriamente” e “que os povos se acostumem lentamente com esta eventualidade inaceitável”, acrescentou.

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“O povo quer a paz!”, insistiu Francisco, que costuma denunciar as consequências do que chama de “terceira guerra mundial em pedaços”. “Arruinar esta nobre ordem de coisas devido a ambições ideológicas, nacionalistas e econômicas é uma grave ofensa perante os homens e perante a história, um pecado perante Deus”, denunciou nesta carta escrita em francês. 

O papa também prestou homenagem às “incontáveis vítimas civis inocentes” e aos soldados que “heroicamente deram as suas vidas”. O pontífice citou ainda o “colossal e impressionante esforço coletivo e militar feito para obter o retorno à liberdade”. 

As comemorações do Desembarque de 6 de Junho de 1944, que contribuiu decisivamente para o fim da Segunda Guerra Mundial em território europeu em 1945, começaram nesta quarta-feira e vão reunir os principais líderes ocidentais na França, incluindo o americano Joe Biden e o ucraniano Volodimir Zelensky, mas sem o presidente russo, Vladimir Putin. 

As cerimônias acontecem à sombra da guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

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