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Remo: Ricardo Catalá explica dificuldades, cita eleições e fala sobre situações com torcedores

Técnico comentou sobre as eleições no Remo, formas de trabalho, além da vontade de permanecer no clube para a próxima temporada

Fábio Will
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O Remo vive um momento eleitoral e de reconstrução no departamento de futebol. O Leão Azul não conseguiu mais uma vez passar de fase na Série C e amargou o fim da temporada no mês de agosto, porém, o técnico Ricardo Catalá, contratado para o lugar de Marcelo cabo, conseguiu tirar a equipe azulina da lanterna, evitou o rebaixamento e quase levou o clube à segunda fase. Em entrevista ao canal RS Live Sports, no Youtube, Catalá falou das dificuldades em no Remo, citou que não teve problemas com o executivo Thiago Gasparino, além de falar das situações inusitadas que viveu com torcedores nesse período em eu comandou o Remo e também do processo eleitoral.

Ricardo Catalá, de 41 anos, fez uma campanha de recuperação no Remo durante a disputa da Série C. Ele chegou para o lugar de Marcelo cabo, que perdeu as quatro primeiras rodadas da competição nacional e deixou o clube na lanterna. Mas durante a passagem no Leão, Catalá falou das dificuldades em conseguir contratações para melhorar o elenco durante a Série C como tempo de contrato, estatuto do clube e eleições, além de explicar que não teve problemas com o executivo Thiago Gasparino.

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Dificuldades e Thiago Gasparino

“É legal falar disso pois ficou muito atrelado e até de forma maldosa que eu disse e me referi ao Thiago Gasparino. A verdade é que nunca me referi ao Thiago Gasparino, quem tem que avaliar o trabalho dele é quem o contratou. A minha avaliação do trabalho dele no período em que tivemos juntos é boa, um cara que ajudou diariamente, que demonstrou um grande conhecimento de jogadores de futebol. Trabalhou 24 horas por dia para trazer os nomes. A verdade é que, quando eu falava do poder de convencimento, o pessoal achava que ele [Thiago Gasparino] não tinha capacidade de convencer o jogador de atuar no Remo e na verdade não é isso. Ele estava de mãos atadas. O problema nunca foi o Thiago [Gasparino], o Fábio [Bentes], o ‘Zé Mané’, o ‘Chico’. O grande problema foi que todos os elementos que formavam o contexto, do nível que nós gostaríamos de trazer, aceitasse vestir a camisa do Remo. O clube é gigante, os atletas reconheciam isso, mas a questão era outra, era que todos estão no futebol e possuem suas contas para pagar, seus sonhos, objetivos, a gestão da carreira. Então chegou um momento em que a gente não tinha para onde correr, olhávamos para o mercado e só tomávamos ‘não’, até brinquei com isso era ‘não, não, não’ atrás do outro e não foi só eu que tomei ‘não’, o Thiago Gasparino também e todos os outros diretores que se envolveram nessa busca”, disse.

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Má fase e situações inusitadas

Catalá revelou alguns momentos em que viveu no Remo com o torcedor. Em um deles, o técnico não teve sua comida levada ao hotel, por conta do momento delicado do clube na competição, além de citar um momento descontraído que teve com torcedores em um restaurante, onde sua conta foi paga pela torcida.

“Sou muito restrito, faço pouca coisa e isso é até algo que preciso melhorar, chega uma hora em que você fica quase louco morando em um quarto de hotel, normalmente o primeiro a chegar no clube e o último a ir embora. Eu consegui visitar muitas coisas em Belém, principalmente nos períodos em que nós vencemos, tínhamos um pouco mais de paz para circular pela cidade. Minha família foi me visitar alguns dias em julho e nesses 10 dias conseguimos fazer algumas coisas, pontos turísticos, restaurantes, fiz um passeio de lancha, conheci um pouco mais sobre as belezas da Amazônia, mas também tive o outro lado de receber uma comida por aplicativo e o cara não querer receber o pacote na sua mão por causa que o clube não venceu, fazer cobrança na frente de todo mundo. As recepcionistas do hotel falavam que eu precisava ter paciência, mas entendo que futebol é algo que mexe com a paixão das pessoas, de umas mais e outras menos. Procurei sempre retribui essa paixão quase de forma exclusiva, optei por não trazer família para morar no hotel e ter foco 100% naquilo que era a missão, que não me assustava, pois na verdade era uma baita de uma oportunidade para crescimento”, falou.

Oportunidade

O treinador possui o sonho de treinar um clube da Série A do Brasileiro e que essa agremiação tenha uma torcida de massa. Catalá leva o Remo como um trampolim, uma grande oportunidade de dar um passo grande na carreira.

“Eu tenho um objetivo que é chegar a Série A e comandar clube de massa e um amigo disse que eu vou conseguir chegar a comandar um time de Série A, e que eu pude exercitar todas as dificuldades que um clube de massa na Série A vai ter, eu tive agora, com 41 anos, tirando lições, fazer ajustes, para que quando eu tenha essa oportunidade estarei preparado. Então observei dessa forma, trabalhar com o Remo, com toda essa torcida incrível e a pressão. O cara que tem medo de pressão, sente ela ele realmente não merece estar nesse ambiente, que é inerente ao futebol, sobretudo no Brasil. Eu gosto dessa pressão, ela faz você ter uma capacidade de resiliência, de crescimento que no conforto não teria”, comentou.

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Fase boa e conta paga

Catalá relembrou do momento em que esteve com a sua comissão técnica em um restaurante em Belém. O treinador contou que foi abordado por uns torcedores na mesa e que teve uma surpresa ao deixar o local e pagar a conta.

“Sempre olhei o Remo como oportunidade e na reta final fui em um restaurante no bairro da Batista Campos e vieram alguns torcedores à mesa, os caras agradecendo por eu ter recuperado o time e quando fui pagar a conta, eu estava com a comissão técnica, e o rapaz me informou que a conta estava paga e um dos torcedores pediu para pagar a tua conta. Se eu soubesse tinha pedido mais uns dois pratos e um vinho mais caro, e o dono deu risada”, disse.

Futuro

O treinador já afirmou que possui o interesse de continuar no Remo na próxima temporada. Catalá afirmou que não teve propostas de renovação e disse que não irá “oferecer sua imagem” a nenhum candidato e, que aguarda o pleito eleitoral azulino.

“Não tenho nenhuma proposta de renovação até o momento. O clube precisa tratar de assuntos de eleição e aqueles candidatos que me procuraram, sejam de oposição ou situação, a minha posição foi a mesma que eu não discutiria nada até que tivesse um presidente eleito ou que tivesse assinado uma proposta que me uniria ao Remo até o final de 2024, pois estaríamos alando de hipótese, possibilidades e isso não é bom para ninguém. O Remo está cima de todos nós e eu não gostaria de usar o clube ou oferecer a minha imagem a ninguém. Quem vencer a eleição precisa vencer através da competência do plano estratégico montado para os próximos três anos”, comentou.

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Trabalhar formando o elenco

O treinador afirmou que trabalhar desde o início, com pré-temporada, escolha e montagem do elenco é algo fundamental para que que as coisas tenham êxito. Ricardo Catalá deu o exemplo do Operário-PR e o método utilizado pelo clube paranaense na temporada.

“Independente de ser no Remo ou em qualquer outro clube, o treinador iniciar o projeto é muito melhor pois ele consegue delinear o elenco de acordo com o tipo de jogo que ele quer fazer, eu levaria o contexto do clube, que tipo de jogo o torcedor gosta, qual o tipo que a divisão exige e através disso oferecer uma relação de nomes para que o clube possa buscar e entender da diretoria qual o tipo de ideia para a temporada. Se vai usar o estadual para vencer ou vai usar o estadual para desenvolver uma identidade forte o suficiente para chegar na Série C robusto, confiável, competente. O Operário é um clube que trabalhei, eles sabiam no Paraná o Athletico-PR e o Coritiba-PR estariam em condições para ganhar o estadual e rodaram todo o elenco, os goleiros, zagueiros, laterais, meias. Volante, atacante, deram oportunidade para todos. Promoveram jogadores da base, viram quais tinham condições de estar na Série C, então o Operário faz uma campanha boa no estadual, chega muito bom na Série C e oscila muito pouco. Essa é a visão que eu tenho, independente de qual for o clube, a divisão eu entendo que se, toda vez que o treinador a tem condições de construir esse caminho é melhor para todos. Desde o recrutamento tudo é voltado para um plano, um projeto, que foi delineado junto com a direção”, finalizou.

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