Candidato ao cargo de presidente do Paysandu promete Iarley como técnico, caso seja eleito; entenda
A promessa de campanha foi feita por Sergio Solano, que concorre ao cargo de presidente do clube pelos próximos dois anos
As eleições para o cargo de presidente do Paysandu estão marcadas para o próximo dia 7 de dezembro. Até lá, as chapas concorrentes articulam votos na comunidade bicolor e projetos de gestão para os próximos dois anos. A chapa "Acima de tudo, Paysandu", encabeçada pelo ex-jogador de Basquete Sérgio Solano, traz em seu mote de campanha o retorno de um dos grandes ídolos do Paysandu.
Whatsapp: saiba tudo sobre o Paysandu. Recêêêba!
Caso seja eleito, o candidato promete trazer o ex-jogador Iarley, na função de treinador do clube. De acordo com Solano, a decisão se deu a partir de tratativas com os integrantes da chapa, que através do vice-presidente de gestão, José Prazo de Souza, bateu o martelo sobre o nome a comandar o futebol bicolor em 2023.
VEJA MAIS
"O Iarley foi uma indicação do dr. Prado e eu perguntei o porquê. Nós analisamos em grupo e ele se encaixa no perfil do nosso trabalho, que é totalmente diferente desse atual gestão e dos últimos anos, uma gestão temerária e amadora", destaca o candidato, que terá um grupo forte, onde as decisões devem ser tomadas em conjunto.
"Eu avalio todas as indicações. Os diretores estatutários terão autonomia plena. Em cada diretoria será colocado um diretor com amplo conhecimento da modalidade ou da matéria. Agora, é evidente que tem assuntos que virão para as nossas avaliações, como foi o caso deste e eu dei o sim", detalha.
Ídolo bicolor
Iarley tem 48 anos e está aposentado dos gramados desde 2014. Em 2003 esteve no Paysandu e fez parte da histórica campanha do clube na Libertadores, que teve como maior momento de glória a vitória sobre o Boca Juniors, no estádio La Bombonera. Com o bicolor paraense, o ex-atacante conquistou o Parazão de 2013. Depois da passagem gloriosa, Iarley foi bicampeão mundial, pelo próprio Boca e pelo Internacional.
Depois da aposentadoria, o atleta realizou cursos na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e trabalhou nas categorias de base do Internacional. Este ano foi anunciado como técnico do Garibaldi, time da terceira divisão do Rio Grande do Sul, mas deixou o cargo depois de dois jogos e duas derrotas. De acordo com o "padrinho" da ideia, o vice-presidente de gestão José Prado de Souza, a indicação partiu de uma amizade antiga entre ele e o atleta.
"Na época da tríplice coroa (conquista do Parazão, Copa Norte e Copa dos Campeões, em 2003), eu fui orientador de neurolinguística do time, cuidava da inteligência emocional, e o Iarley fez uma grande amizade comigo. Ele me disse que queria ser treinador e eu o orientei", explica o médico, que também foi diretor jurídico do clube por cerca de seis anos, com trabalhos nas gestões de Ricardo Rezende, Joaquim Ramos e Arthur Tourinho.
"Ele estudou muito para se tornar um treinador de futebol no estilo europeu. Eu não recomendaria nenhum outro neste momento. A comissão técnica de hoje é diferente. Nós temos que ter auxiliares versados em bola parada, tiro de escanteio, jogadas pelas beiradas, gestão do sono", detalha. Segundo ele, a intenção da chapa, em caso de eleição, é levar o Paysandu à primeira divisão nos próximos dois anos
Iarley confirma proposta
Ainda de acordo com José Prado, Iarley está apalavrado com o clube e inclusive tem tido algumas tratativas sobre o futebol bicolor. "O que pode ser feito é se montar um departamento de análise de mercado, com pessoas que vão contratar jogadores dentro do perfil que a gente quer. Mesmo eu indicando um atleta, vai existir um formulário com todas as condições dele, quantos jogos fez no ano, ponto forte e fraco, característica, tudo muito pontual no que o clube precisa", pontua Iarley.
Para o hoje treinador, as contratações devem passar pelo crivo do novo departamento e não através de decisões isoladas. "Se o clube contrata uma pessoa e entrega a ele as contratações, aí está o erro. Você não pode dar o poder total para uma pessoa. Temos que ouvir o treinador, o executivo, o analista de desempenho, preparador físico, analista de mercado. São decisões do grupo, não só de uma pessoa", acredita.
Em caso de retorno a Belém, Iarley diz ter um grupo formado para atuar no futebol bicolor. "Eu tenho um analista de desempenho, que também é analista de mercado, com um banco de dados com perfil de jogadores que eu gosto, nas séries D, C, B e A. A gente faz esse estudo prévio para quando chegar em um clube, já tenha sugestões de mercado", finaliza.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA