Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF por manipulação em jogo
Haveria provas de que Bruno Henrique “agiu deliberadamente” durante uma disputa contra o Santos, em 1 de novembro de 2023, para ser punido pelo árbitro com um cartão. Outras 11 pessoas, ligadas a ele, são alvos da operação
Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (5) mira o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pelo envolvimento na manipulação de jogos em apostas esportivas.
Segundo informou a CNN, haveria provas de que Bruno Henrique “agiu deliberadamente” durante uma disputa contra o Santos, em 1 de novembro de 2023, para ser punido pelo árbitro com um cartão, visando possibilitar que familiares, que estavam cientes dessa intenção com antecedência, ganhassem dinheiro por meio de apostas esportivas.
Na ocasião, o Santos conseguiu a vitória sobre o Flamengo, por 2 a 1, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
OPERAÇÃO
Na operação, seis promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT) e mais de 50 policiais federais da Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal (PF) cumprem 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
VEJA MAIS
Além do atleta, são alvos mais 11 pessoas, todas possuindo vínculo familiar ou alguma proximidade a Bruno Henrique:
- Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique;
- Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele;
- Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador;
- O casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e
- Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes em Belo Horizonte, a cidade natal de Bruno Henrique.
O QUE ACONTECEU
Nos cinco minutos de acréscimo do segundo tempo da partida contra o Santos, segundo a súmula da partida, Bruno Henrique levou primeiro um cartão amarelo por acertar um adversário na disputa da bola e, logo na sequência, recebeu o cartão vermelho por ofender o árbitro.
Segundo informações, sabendo que o jogador provocaria ao menos um dos cartões, seu irmão, cunhada e prima criaram, na véspera da partida, contas em casas de aposta virtual e realizaram palpites focando especificamente na punição do atleta, obtendo, assim, ganhos indevidos. Esse mesmo padrão de apostas dirigidas à perspectiva de que Bruno Henrique receberia um cartão durante a partida realizada em Brasília foi identificado nas contas dos outros seis investigados.
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