Piloto Augusto Santin fala da devoção por Senna, após 28 anos da morte do ídolo: 'Era algo sagrado'
Piloto do Remo na Fórmula Vee, Santin cita a importância de Senna como piloto e como pessoa e todos os ensinamentos deixados por ele
“Um dia para esquecer, mas também para lembrar de um grande piloto e de uma linda história no automobilismo”. Augusto Santin, piloto da Fórmula Vee e que defende as cores do Clube do Remo, conversou com a equipe de O Liberal sobre a importância de Ayrton Senna na carreira e seus ensinamentos para a vida, mesmo após 28 anos sem o ídolo de uma nação.
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Senna inspirava e deixou um legado para fãs e amantes do automobilismo. Augusto Santin começou a assistir Fórmula 1 e tinha como referência Nelson Piquet, mas depois de 1985 Ayrton Senna chegou e fez com que as manhãs de domingo tivessem um sabor diferente.
“Assistia a Fórmula 1 com o Nelson Piquet, minha ligação com o automobilismo iniciou com ele e depois de 1985 em diante, eu e meus pais, sentados na sala de casa domingo pela manhã acompanhando as vitórias do Ayrton, era algo sagrado. Considero o Senna uma inspiração para todos os esportistas. Ele sempre foi um cara invocado, queria bater recordes, quebrar barreiras, alcançar resultados, um cara determinado e tento levar essa determinação dele”, disse.
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O dia 1 de maio de 1994 está na memória de Augusto Snatin até hoje. O piloto do Leão Azul relembrou do momento do acidente, da forma como noticiado a morte e a comoção que tudo aquilo gerou.
“Estava na sala de casa, assistindo a corrida e aquela situação da narração do Galvão Bueno ‘Senna bateu forte’, toda situação de que ele tinha morrido no local, mas aquela esperança dele reestabelecer e isso está marcado na cabeça de todos. A notícia da morte foi algo absurdo, foi pesado, desesperador, como se fosse um parente que tivesse morrido. O Senna tinha isso, todo brasileiro se achava próximo dele, um parente dele, nós torcíamos por ele como se fosse alguém da família, irmão, primo. Uma relação íntima sem nem mesmo ter conhecido”, contou.
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Santin já corria em eventos promovidos pela Federação Paraense de Automobilismo (Fepauto), mas a morte de Senna na pista, fez ele repensar a carreira de piloto e guarda um autorama de Senna, lançado na década de 80.
“Eu já estava correndo nos ‘Arrancadões de Belém’ pela Fepauto, tinha a carteirinha de piloto, depois do acidente não queria mais correr, mas isso está no sangue e em 1995 iniciei no kart em Belém. Hoje olho e percebo o quanto o Senna foi importante na minha vida e carreira, tenho algumas miniaturas dele e um autorama lançado na década de 80, brincávamos bastante nele e hoje é uma relíquia que guardo com carinho”, contou.
O piloto tem um filho e tenta passar para ele as informações de Senna e tudo que ele deixou para o esporte.
“O Senna deixou um legado, quero muito ser o maior vencedor da Fórumla Vee, aquela vontade de conseguir, de deixar tudo e conquistar é o legado que ele deixou para mim. Tenho um filho de 11 anos, conhece bastante a história do Senna, pergunta por ele e vou contando, repassando a importância do Senna para o esporte brasileiro, mas ele não quer seguir no automobilismo, o negócio dele é o futebol. É uma relação de nostalgia contar isso a ele”, falou.
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