Copa do Mundo 2026 vira sonho caro para paraenses com dólar nas alturas

Agente de viagens explica o movimento inicial dos paraenses na busca por acompanhar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do próximo ano

Pedro Garcia
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Faltando pouco mais de um ano para o maior evento do futebol mundial, torcedores paraenses já começam a se movimentar para realizar o sonho de acompanhar de perto a Copa do Mundo de 2026. O torneio será disputado entre os dias 11 de junho e 19 de julho e, pela primeira vez na história, terá três países-sede: Estados Unidos, México e Canadá. Com jogos distribuídos em 16 cidades, a expectativa é de que muitos brasileiros, incluindo os paraenses, embarquem nessa jornada para viver o nos estádios.

Mas antes de torcer, será preciso driblar alguns obstáculos. As exigências do governo norte-americano para concessão de vistos, somadas ao encarecimento do dólar frente ao real, impõem desafios para quem sonha ver a Seleção Brasileira ou outras grandes seleções em campo. Os custos elevados com passagens, hospedagem e ingressos tornam o planejamento antecipado uma necessidade — principalmente para aqueles que desejam garantir presença nas arquibancadas.

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De acordo com Gregori Ferreira, agente de voos comerciais, o interesse por pacotes de viagem já começa a aparecer, ainda que timidamente. Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal, ele revelou que a procura inicial vem, sobretudo, de empresários, autônomos e comerciantes com maior poder aquisitivo

“Por conta do enfraquecimento do real lá fora, isso vem trazendo uma expectativa duvidosa para o nosso consumidor paraense. A procura ainda é tímida, mas já existe. Quem mais tem buscado informações são pessoas com renda acima de 10 salários mínimos, interessadas em acompanhar os jogos em cidades como Cidade do México, Guadalajara e Dallas”, explicou Gregori.

Visto e passaporte: o primeiro drible dos torcedores paraenses rumo à Copa

image Paraenses tem desafios para ver o Mundial in loco(Thais Magalhães/CBF)

Gregori ressalta que a preparação vai além da compra de passagens e hospedagens. A regularização da documentação é o primeiro passo para garantir a viagem. “A empresa tem tentado orientar todos esses clientes logo após o primeiro contato, pois é necessário cumprir uma série de exigências e apresentar documentações para entrar nos Estados Unidos”, pontuou.

O primeiro passo é tirar o passaporte. O processo começa com o preenchimento de um formulário no site da Polícia Federal e o pagamento da taxa de R$ 257,25. Em seguida, o solicitante deve comparecer pessoalmente a um posto da PF com os documentos exigidos. O prazo médio para emissão é de 30 dias.

Depois disso, vem o visto americano — e aí a atenção deve ser redobrada. “Atualmente, o processo está mais rigoroso devido à política migratória do governo norte-americano. Por isso, é fundamental iniciar os trâmites com bastante antecedência para evitar imprevistos”, orienta o agente de viagens.

Mais que turismo: torcer é o verdadeiro destino

image Turismo esportivo está em alta nos últimos anos (Tarso Sarraf/O Liberal)

A agência onde Gregori trabalha já está estruturando pacotes específicos para o período da Copa, com atenção especial àqueles que desejam não apenas conhecer os países-sede, mas viver a atmosfera única da competição. Ele afirma que, embora os destinos variem — entre Los Angeles, Dallas ou Guadalajara — o que move os torcedores é a paixão pela Seleção Brasileira e a oportunidade de viver o clima das arquibancadas, seja na estreia ou nas fases decisivas.

“Tem muita gente querendo montar um roteiro que acompanhe os jogos do Brasil. Outros querem vivenciar o clima de Copa, mesmo que não consigam ingressos para todas as partidas. A ideia é se hospedar em uma cidade e, a partir dali, fazer um tour completo pelas cidades-sede”, contou.

Ele também destacou que a agência tem adotado estratégias para tornar os pacotes mais acessíveis, como o uso de milhas aéreas. “Esse é o nosso diferencial. Trabalhamos com o mercado paralelo de milhas, que é uma alternativa de economia para quem utiliza bastante o cartão de crédito ou tem pontos acumulados em programas de fidelidade”, explicou.

Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Caio Maia, coordenador do Núcleo de Esportes de O Liberal

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