MPPA recebe denúncia de irregularidades na semifinal da Segundinha e pede explicações à FPF
Ação do Santa Rosa diz que partida contra o Cametá, realizada no Parque do Bacurau, ocorreu sem laudos técnicos.
O Ministério Público do Pará (MPPA) vai pedir esclarecimentos à Federação Paraense de Futebol (FPF) depois de receber uma denúncia sobre a partida entre Cametá e Santa Rosa, válida pela semifinal da Segundinha. De acordo com a denúncia, o jogo de volta do duelo, que ocorreu no último domingo (6), no Parque do Bacurau, casa do Cametá, foi realizado em um estádio com o laudo de segurança vencido.
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A denúncia foi feita pelo Santa Rosa, clube que foi eliminado para o Cametá nas semifinais da Segundinha. A ação afirma que havia problema em dois laudos: o da Polícia Militar, que estava vencido, e o do Corpo de Bombeiros, que é inexistente.
De acordo com o advogado do clube, Emerson Dias, caso seja provado que o Cametá mandou o jogo em um estádio sem laudos técnicos, há a possibilidade do Mapará receber uma punição grave.
"Desde a criação da lei federal, denominada Estatuto do Torcedor, em 2003, não há na história do futebol do Brasil a realização de um jogo profissional com público em um estádio sem laudo ou com o laudo vencido. Se a denúncia for provada, ficará constatado um fato muito grave, pois o Estatuto do Torcedor foi violado pela FPF e pelo Cametá", disse Emerson.
Após a denúncia, o promotor Isaac Sacramento abriu um processo administrativo para apurar o caso. Depois de receber a resposta solicitada à FPF, o MP vai decidir se leva ou não o caso à Justiça.
O que diz a FPF
Em contato com o Núcleo de Esportes de O Liberal, o presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, informou que a entidade ainda não foi notificada pelo MP sobre o caso. O mandatário do futebol no estado completou dizendo que, assim que foi notificada, a FPF responderá os devidos questionamentos diretamente ao MP.
Punições
As punições previstas no artigo 37 do Estatuto do Torcedor podem afetar o clube e a Federação de várias maneiras. Entre as sanções previstas vão desde o afastamento de dirigentes até a aplicação de multa, que pode chegar a R$ 2 milhões.
Além disso, caso seja instaurado um processo para apurar a denúncia, haverá o afastamento compulsório dos dirigentes, além da suspensão dos repasses de verbas públicas, até a decisão final.
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