Venda de biquínis, maiôs e sungas movimentam o comércio com a chegada do verão

Lojistas se prepararam esperando boas vendas nesse período

Eduardo Laviano

A chegada do mês de julho sempre transforma as vitrines do centro comercial de Belém, que dão adeus aos figurinos de estampa xadrez e aos chapéus de palha para cederem espaço para os biquínis, maiôs e sungas, com foco no verão e nas praias.

A vendedora Jéssica Castro conta que já nota um movimento maior na rua Quinze de Novembro. Na loja onde ela trabalha, é possível comprar um body ou um maiô por R$55, enquanto os biquínis de duas peças custam, em média, entre R$80 e R$100.

"A nossa expectativa está alta porque ano passado a demanda não foi tão grande. Este ano, com a liberação do uso de máscaras e das viagens, nossa expectativa está grande. A nossa preparação já começou desde o início de junho, assim como a procura, que só cresceu. A gente começou a exibir a coleção nova de biquínis, bodies e maiôs. O item mais procurado é o biquíni e também o body que é utilizado como maiô, que a pessoa pode ir para a praia como roupa e também usar para tomar banho", afirma ela, ao destacar que a peça é sensação de vendas na loja.

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A manhã desta quinta-feira (30) estava bem tranquila nas ruas do comércio da capital paraense, com algumas lojas fechadas e poucos transeuntes. Para a secretária administrativa Cláudia Monteiro, de 34 anos, foi uma surpresa.

"Eu vim preocupada já pensando que eu deveria ter vindo antes para não enfrentar muvuca, mas não tem quase ninguém hoje. Acho que ainda vão esperar mais um pouquinho", conta ela, que disse que os preços estavam justos nas lojas que visitou.

Suelen Lima é vendedora e também avalia a procura como boa, mas torce para que ela melhore ainda mais. Segundo ela, no mesmo período do ano passado o fluxo de clientes já estava mais intenso.

Lojas do centro comercial apostam na moda praia (Foto: Sidney Oliveira / O Liberal)

"Na comparação, posso dizer que as vendas desse mês caíram. A situação econômica do Brasil afetou e está tudo mais caro. A inflação pegou os biquínis também. O pessoal está vindo para procurar moda praia, mas por incrível que pareça ainda estão comprando camisa de quadrilha [junina]", diz ela, que acredita que o mês está só começando e os biquínis ainda não são prioridade dos consumidores.

A estratégia na loja dela é também vender com preço de atacado a partir de seis peças, o que pode gerar descontos que variam entre R$4 e R$15 por produto. "Aí o pessoal mistura, leva tudo sortido, de várias cores", aconselha. 

Gerente de uma loja especializada no ramo, Iara Pereira está com a loja abarrotada de produtos de moda praia nas araras, mesas e paredes. Ela conta que está super ansiosa para a chegada do mês de julho e que a meta é vender 100% do estoque até o dia 31.

"A procura ainda está bem baixa, mas a gente crê que vai melhorar, se Deus quiser. Na comparação das vendas, com certeza esse ano vai ser melhor, como já vimos que foi melhor em meses anteriores e nas datas comemorativas", conta. De acordo com Pereira, por R$80 é possível sair com uma peça bonita e especial para chegar na praia bem vestida. "E recentemente fizemos promoções. Teve biquíni que baixou de R$45 para R$35 e saiu bastante. É importante uma promoção de vez em quando para dar aquela alavancada", diz. 

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