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Reajuste no preço das frutas regionais chega a 15% em Belém; saiba quais ficaram mais caras

Oferta, demanda e fatores climáticos podem ser a justificativa para a alta dos preços, segundo pesquisa divulgada pelo Dieese

Camila Azevedo
fonte

As frutas regionais comercializadas em Belém estão chegando 15% mais caras para o consumidor. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese) divulgada nesta quarta-feira (22) mostra que os produtos encontrados nas principais feiras e mercados da capital paraense, como no Ver-o-Peso, em São Brás, Guamá, Jurunas e Pedreira, tiveram reajuste acumulado ao longo de doze meses (janeiro a dezembro de 2024), sendo a oferta, demanda e fatores climáticos os grandes vilões dos preços.

A pupunha foi a fruta que ficou mais cara durante o período analisado. O levantamento do Dieese apontou que o reajuste foi de 15,97%, índice maior do que a inflação calculada para o momento, em 5%. No ranking constam, ainda, o cupuaçu, com alta de 15,52% - custava R$ 6,46 em janeiro e passou para R$ 7,77 em dezembro de 2024 -; o quilo do uxi (8,29%); o quilo do bacuri (7,52%); piquiá (7,12%); biribá (5,29%); e a manga regional (3,85%). “As frutas típicas da região podem ainda ter preços diferentes, dependendo da colheita, origem e disponibilidade”, detalhou a entidade.

No comparativo entre dezembro e novembro de 2024, últimos dados calculados pelo Dieese, os reajustes também foram expressivos. No mês passado, o preço do quilo do cupuaçu vendido nas feiras de Belém teve alta de 13,89%, seguido pelo piquiá (9,59%); pupunha (5%); bacuri (3,41%); biribá (2,05%); uxi (0,64%); e a manga regional (0,62%).

Adaptação

João Carlos Farias, de 37 anos, mudou a sua rotina no supermercado. Ao adquirir frutas, o analista de sistemas optou pela seguinte estratégia: diminuir a quantidade para tentar ter qualidade na mesa da família. "Tenho percebido um aumento considerável no valor das frutas e a qualidade não é tão boa, então, tenho comprado em menores quantidades para não ter que escolher e deixar alguma que costumo comprar. E aí aproveito para comprar em quantidade maior quando está em promoção", detalhou.

João gasta, em média, de R$ 350 a R$ 400 só em frutas por mês. A ideia é criar uma rotina saudável para o filho de um ano. No entanto, as condições exigem uma alteração nos planos anteriores de consumo. "Quem mais consome fruta em casa é meu filho: ele come, em média, de 3 a 4 tipos de frutas por dia. Adora manga", disse. "Nossa rotina mudou da seguinte forma: os adultos têm regrado mais o consumo para que o bebê coma a vontade".

Preços médios das frutas comercializadas Belém em 2024

Pupunha (kg):

Dezembro: R$ 7,77

Janeiro: R$ 6,46

Variação: 15,97%

 

Cupuaçu (kg)

Dezembro: R$ 7,46

Janeiro: R$ 5,77

Variação: 12,52%

 

Uxi (kg)

Dezembro: R$ 6,27

Janeiro: R$ 5,49

Variação: 8,29%

 

Bacuri (kg)

Dezembro: R$ 7,58

Janeiro: R$6,47

Variação: 7,52%

 

Piquiá (kg)

Dezembro: R$ 6,17

Janeiro: R$ 5,92

Variação: 7,12%

 

Biribá (kg)

Dezembro: R$ 5,97

Janeiro: R$ 5,93

Variação: 5,29%

 

Manga regional (kg)

Dezembro: R$ 4,85

Janeiro: R$ 4,48

Variação: 3,85%

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