Procura por materiais esportivos cresce até 80% em Belém com a moda fitness, dizem os empresários
Para atletas amadores investem em equipamentos para modalidades diversas e enfrentam aumento de preços
Nos últimos anos, o aumento do estilo de vida fitness tem gerado um impacto direto no mercado de artigos esportivos. Com a busca crescente por saúde e bem-estar, muitas pessoas têm se dedicado à prática de atividades físicas, o que levou a um crescimento significativo na procura por materiais e equipamentos de esporte. Em Belém, a realidade não é diferente, e o setor tem acompanhado essa mudança, com aumento nas vendas e no consumo de itens de diversas modalidades.
Karim Said Daou, dono de uma loja de artigos esportivos no bairro da Campina, observa um movimento crescente na procura por produtos voltados para o fitness. Segundo ele, os materiais que mais têm saído da loja são halteres, anilhas, luvas de boxe e muay thai, além de bolas de futebol, futsal e voleibol. "Aqui no Pará, respiramos futebol, artes marciais e modalidades como jiu-jitsu. A procura por materiais específicos não é nova, mas aumentou muito nos últimos anos, principalmente após a pandemia", afirma Karim.
Para atletas como Natália Mello, jornalista de 37 anos, a diversificação de modalidades também reflete a demanda por diferentes equipamentos. Ela pratica crossfit, natação e corrida e compartilha sua experiência com os custos envolvidos. "Gasto entre R$3.000 e R$4.000 por ano, considerando tênis, roupas de academia e corrida", revela Natália. Para ela, os tênis de corrida são os itens mais pesados no orçamento. "Procuro sempre promoção, mas um bom tênis de corrida podem custar até R$2.000, então fico nos modelos mais básicos, que custam até R$1.000", explica.
Aumento de preços e planejamento financeiro
Com o mercado em expansão, a variedade de produtos também cresceu. Os consumidores não se limitam a uma modalidade específica, buscando equipamentos para diferentes práticas físicas. Um exemplo disso é Paulo Bento, publicitário de 37 anos, que é atleta amador e pratica três esportes: natação, musculação e basquete. "Em 2024, investi cerca de R$570 só em equipamentos, principalmente para natação e musculação", revela Paulo. Ele detalha que os valores dos itens para a modalidade, como óculos de natação por R$140, sunga por R$170, além de outros acessórios como palmar, boia e tampão para ouvido.
Com o aumento da demanda, o preço dos itens também tem acompanhado a alta, o que impacta diretamente no planejamento financeiro dos esportistas amadores. "Os preços subiram, sim. Percebo que tudo está mais caro. Isso me faz planejar melhor minhas compras, às vezes aproveitando promoções ou comprando no momento certo", conta Paulo.
Karim também observa o impacto dos aumentos nos preços e acredita que, com o aumento dos custos de produção e importação, essa tendência pode se manter.
Natália compartilha a mesma percepção sobre os aumentos. "Os preços aumentaram, mas sempre foi caro praticar esporte de forma séria", conta. Para ela, o segredo também é o planejamento. "Se planejar funciona melhor, temos que escolher com o que queremos gastar e abrir mão de algumas coisas", sugere.
Paulo ainda diz que focar em comprar os itens que são realmente necessários são uma estratégia: "Procuro evitar a tentação de gastar com coisas que não são essenciais para minha prática esportiva", complementa.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA