Preço da geladeira deve ficar mais caro e passar de R$ 5 mil com novas regras do governo; entenda
Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) alerta para “aumento abrupto” nos preços, especialmente para a população de renda mais baixa
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) alerta para a possibilidade de um “aumento abrupto” nos preços das geladeiras, principalmente para a população de renda mais baixa, em razão das novas regras de eficiência energética instituídas pelo Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com a entidade, com as mudanças, uma geladeira frost-free básica, atualmente encontrada por cerca de R$ 1,8 mil em lojas de varejo on-line, pode passar de R$ 5 mil. A Associação calcula que o valor médio do produto irá variar entre R$ 5.280 e R$ 7.920.
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As mudanças estão previstas no novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico, aprovado na resolução publicada pelo governo em 8 de dezembro, e que estabelece índices de eficiência energética para as geladeiras. O objetivo do programa, segundo o governo, é trazer mais economia na conta de energia elétrica dos consumidores com equipamentos mais eficientes. Porém, representantes do setor afirmam que a medida trará impacto nos preços.
“Quando há uma mudança nas regras impondo prazos curtos para atingir metas excessivamente rigorosas, isso resulta em aumento nos custos de produção com ajustes nos projetos dos produtos e aquisição de insumos mais sofisticados, tornando a geladeira mais cara e impactando imediatamente o bolso do consumidor. A retração no consumo e na economia do setor será notável com essa medida do Ministério de Minas e Energia”, diz a entidade.
Para a Eletros, a comercialização predominante passará a ser de produtos considerados de alto padrão, que custam em média de quatro a seis vezes o salário mínimo nacional, que atualmente é de R$ 1.320.
Etapas do programa
O normativo do governo define duas etapas para a transição, com novos parâmetros: uma entre 2024 e 2025, e outra de 2026 a 2027. A ideia é de que até 2028, os produtos disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes que os atuais. No entanto, a Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos argumenta que ao fim da segunda etapa, 83% das geladeiras que são hoje comercializadas estarão fora do mercado.
O setor pretende procurar o governo federal para tratar sobre o assunto e pedir uma revisão das medidas.
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