Pará pode gerar R$ 35 bilhões com créditos de carbono até 2026, afirma governador
Evento reúne reúne especialistas, líderes e empresas para debater temas como sustentabilidade e responsabilidade social
Durante o ESG Brazil Summit, o governador do estado, Helder Barbalho, projetou uma arrecadação de R$ 35 bilhões até 2026, com a venda dos créditos de carbono. No encontro promovido pelo Brazil Journal em São Paulo (SP), nesta terça-feira (5), lideranças e empresas debateram temas como sustentabilidade e responsabilidade social. O chefe do executivo também comentou sobre a preparação da cidade para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop 30), que acontecerá em novembro de 2025, na capital paraense.
No seu discurso, ele enfatizou o acordo feito pelo Pará para vender quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono, recurso utilizado no financiamento do combate ao desmatamento e à preservação da Amazônia.
“Fizemos, em setembro, a comercialização de R$ 1 bilhão, em créditos de carbono e temos a perspectiva, já atestada por certificadoras internacionais, de podermos comercializar R$ 35 bilhões, um recurso que não existia, no sentido de que é uma receita que não estava sob o olhar do Estado e da economia paraense”, afirma.
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O governador explica ainda sobre os recursos arrecadados com a venda dos créditos de carbono, que, a partir de 2025, serão usados em programas de redução do desmatamento e para apoiar o modo de vida dos povos tradicionais e o desenvolvimento sustentável. Segundo ele, “24% destes recursos vão ser destinados para os povos indígenas, 14% para povos quilombolas, outros 14% para agricultura familiar e o resíduo deste valor fica para o Estado, que será obrigado por lei a reverter esse recurso na política de continuidade da redução das emissões".
Cop 30
O governador também destacou a preparação para Cop 30, enfatizando os avanços nas obras estruturais para construção do Parque da Cidade, local que vai sediar o evento, além do Porto de Futuro II, um espaço âncora durante a COP para receber atividades econômicas e fomentadoras voltadas ao turismo, cultura, lazer, gastronomia e bioeconomia. Ainda mencionou as intervenções para ampliação do número de vagas de hospedagens na capital, dragagem para incluir Belém na rota internacional dos grandes cruzeiros, e as iniciativas para a qualificação da mão de obra local, além dos avanços no saneamento e no desenvolvimento ambiental.
“A COP 30 é a grande oportunidade do Brasil liderar a agenda ambiental e será em Belém a oportunidade de mostrarmos para o mundo e chamar o planeta para soluções baseadas na natureza”, destacou.
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