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Por que o dólar está caindo após a posse de Trump? Descubra os motivos por trás da queda

Pela primeira vez em 2025, o dólar fechou abaixo de R$ 6, registrando queda de 1,41% e encerrando o dia em R$ 5,94 na última quarta (22)

Luciana Carvalho
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Pela primeira vez em 2025, o dólar fechou abaixo de R$ 6, registrando queda de 1,41% e encerrando o dia em R$ 5,94 na última quarta-feira (22/01). Essa é a menor cotação desde novembro de 2024. Mas por que o dólar está caindo? E será que a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos tem algo a ver com isso? De acordo com especialistas, a desvalorização do dólar resulta de uma combinação de fatores domésticos e externos.

O que está acontecendo no Brasil?

No cenário interno, as ações do governo Lula para conter gastos públicos têm aumentado a confiança dos investidores. Medidas fiscais mais rígidas e promessas de responsabilidade financeira estão fortalecendo o real, favorecendo a queda do dólar.

E nos Estados Unidos?

Externamente, a nova administração de Donald Trump trouxe expectativas de uma política fiscal menos agressiva. Segundo Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad, o mercado começou a interpretar que, embora a retórica de Trump seja firme, suas ações têm sido mais brandas, especialmente no início de seu mandato. Esse alívio levou os investidores a precificarem um cenário mais tranquilo, reduzindo a força do dólar.

Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, acrescenta que o mercado também está corrigindo excessos na valorização do dólar registrados no final de 2024. Ele afirma que "ajustes técnicos e um cenário global mais favorável têm sido cruciais para o recuo da moeda norte-americana".

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O futuro do dólar

Anilson Moretti, head de câmbio da HCI Invest, projeta que o dólar deve permanecer na faixa de R$ 5,82 até o final de março, mas outros analistas acreditam que a cotação pode cair ainda mais, chegando a R$ 5,50 nos próximos meses. Para isso, seria necessário um equilíbrio entre ações domésticas e externas.

No Brasil, a continuidade de uma política fiscal rigorosa e a manutenção de taxas de juros altas seriam essenciais. Já no cenário internacional, uma postura menos agressiva dos Estados Unidos e uma redução na aversão global ao risco ajudariam a consolidar essa queda.

Por enquanto, o dólar segue oscilando. Nesta quinta-feira, 23, a moeda subia levemente, registrando R$ 5,96 às 9h37. Como destaca um especialista, “o patamar atual reflete uma correção nos exageros do final de 2024, enquanto o mercado monitora os próximos passos da política econômica global”.

O que se pode esperar?

Embora a queda do dólar seja positiva para alguns setores da economia, o futuro da moeda dependerá de decisões políticas e econômicas tanto no Brasil quanto no exterior. Resta saber como esses fatores se alinharão nas próximas semanas.

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