Novo salário mínimo deve injetar R$ 385 milhões na economia da região norte, aponta Dieese

Reajuste afeta 3,7 milhões de trabalhadores e fortalece o consumo local nos sete estados da região

Iury Costa*
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Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) aponta que o reajuste do salário mínimo deve gerar um incremento de R$ 385 milhões de reais, por mês, na economia da Região Norte e alcançar mais de 3,7 milhões de trabalhadores nos sete estados da região. No Pará, cerca de dois milhões de trabalhadores serão beneficiados e R$ 199 milhões deve ser injetado na economia do estado por mês.

O novo salário mínimo de R$ 1.518,00 começou a valer na quarta-feira (1º/01) em todo o Brasil. Esse valor representa um reajuste nominal de 7,50%, que corresponde à inflação de 4,84%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE) acrescida do percentual de 2,5%, como estabelecido pela Lei 15.077/2024, que alterou o Novo Arcabouço Fiscal (NAF) e a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo (PNVSM). 

Com o reajuste, o incremento total na economia será de R$ 81,5 bilhões em todo o país. Esse aumento também influenciará a arrecadação tributária, que deve registrar um acréscimo de R$ 43,9 bilhões, devido ao maior consumo gerado pelo aumento da renda.

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Itens principais e impacto no salário mínimo

A pesquisa também mostra que em Belém, até novembro de 2024, a cesta básica comprometeu 51% do salário mínimo, custando R$ 663,02.

A carne foi o item de maior impacto, custando R$ 176,00 (13,48% do salário). O pão e o tomate também foram expressivos, com custos de R$ 94,62 (7,24%) e R$ 91,20 (6,98%), respectivamente. Outros produtos essenciais, como leite, feijão, arroz e farinha, juntos, somaram uma parcela significativa dos gastos.

 Embora o novo salário mínimo de R$ 1.518,00 represente um aumento, continua distante do valor necessário para garantir uma vida digna conforme os preceitos constitucionais. O salário mínimo ideal, que cobre despesas de habitação, educação, transporte e lazer, foi estimado em R$ 6.959,31 em novembro de 2024, ou seja, 4,93 vezes o salário atual.

*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política e Economia)

 

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