Saiba qual a projeção para a economia no Pará em 2025

Economista e representantes do setor produtivo do Pará avaliam o cenário para 2025

Amanda Engelke / Especial para O Liberal
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N Pará, para o setor do comércio, a projeção é otimista para 2025, sobretudo, pela realização da Conferência das Nações Unidades sobre o Clima, COP 30, que acontece em novembro em Belém. Lúcia Lisboa, assessora econômica da Fecomercio Pará, cita que o último resultado do Índice de Expectativa dos Empresários do Setor Comércio indica um aumento de 3,8%.

“Os investimentos relacionados às obras e demais atividades de preparação para a COP 30, devem movimentar a economia local. Espera-se maior aquecimento das atividades turísticas, mesmo antes das vésperas do evento, com reflexos no comércio e serviços e demais atividades ligadas ao turismo, inclusive para os micro e pequenos estabelecimentos”, avalia Lúcia.

Já para a agropecuária paraense, o cenário para 2025 não é promissor, sobretudo, devido aos desafios macroeconômicos, avalia Eliana Zacca, assessora técnica do Sistema Faepa/Senar. Ela cita “o aumento do déficit fiscal, o crescimento da dívida pública externa, a inflação elevada, a alta da taxa de juros e o aumento do desemprego, os quais impactam diretamente o setor”.

“Espera-se que a taxa Selic permaneça elevada, com projeção de 14,25% até o final de 2025. Esse patamar deve dificultar o acesso ao crédito, prejudicando ainda mais o financiamento das atividades agrícolas e pecuárias. Além disso, o endividamento público pode comprometer a liberação de recursos do Plano Safra, tanto no volume quanto na agilidade, afetando a capacidade produtiva dos agricultores”, acrescenta.

Na pecuária de corte, Zacca destaca que o setor começa a se recuperar de uma crise prolongada, que teve seu ápice em 2024. “Essa crise resultou na desvalorização do preço pago ao produtor, insuficiente para cobrir os custos de produção. Para 2025, espera-se uma recomposição gradual do rebanho, já que muitas matrizes foram abatidas durante a crise”, aponta.

Na avaliação de Cutrim, em 2025, a economia do Pará terá forte influência dos compromissos ambientais, devido à COP. Ele projeta que, embora a economia paraense seja apoiada em setores extrativos e agropecuários, deve-se manter o ritmo de geração de empregos e acompanhar ou até superar o crescimento nacional, com pressões pela adoção de práticas sustentáveis.

“O Pará precisará equilibrar a expansão econômica com exigências ambientais mais rigorosas, o que demandará investimentos em tecnologias limpas, infraestrutura, incentivos fiscais voltados à bioeconomia e energia renovável, além da diversificação produtiva”, diz, citando a transição para modelos integrados, como o ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta).

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