Margem Equatorial garantirá independência energética, diz ex-ministro Bento Albuquerque
Reservas de petróleo vão começar a declinar a partir de 2032, afirma ex-ministro
O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque defendeu a exploração de petróleo na região chamada Margem Equatorial, destacando a importância dessa atividade para garantir a independência energética brasileira. Militar da reserva, Albuquerque comandou a pasta de Minas e Energia entre janeiro de 2019 e maio de 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o ex-ministro, o Brasil já fez sua transição energética nas últimas décadas e agora precisa pensar numa “evolução energética”. As informações são do portal Poder 360.
Bento Albuquerque falou sobre o assunto nesta quarta-feira (10/07), durante o seminário “A segurança energética, o Estado e a sociedade”, realizado pelo Instituto Pensar Energia, em Brasília (DF). O encontro debate a mudança de tributação proposta na reforma para bens minerais extraídos e como ela impactará a cadeia produtiva de energia.
“Um país como o Brasil não pode abrir mão da sua independência energética", disse Albuquerque. "Se hoje temos grandes reservas de petróleo que foram construídas, a partir de 2032 elas vão começar a cair. E o que será depois? Ou seja, não podemos abrir mão dessa independência e precisamos lembrar que política energética não é política de governo, é política de Estado”, afirmou.
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Brasil fez transição energética nas últimas décadas
De acordo com Albuquerque, que comandou o Ministério de Minas e Energia de 2019 a 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL), o país fez sua transição energética nas últimas décadas ao alcançar quase 90% de matriz elétrica renovável. Ou seja, o dever de casa que o mundo ainda precisa fazer, o Brasil já fez.
“Transição energética para o Brasil é algo superado. Temos que falar em evolução energética. Evolução do emprego das fontes energéticas. Isso tem acontecido com as fontes renováveis, mas também com as fósseis. Cada vez temos uma produção de petróleo e gás e combustíveis com uma pegada de carbono menor”, disse.
As pesquisas na Margem Equatorial ainda precisam de licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A região compreende toda a faixa litorânea ao norte do país. Tem esse nome por estar próxima da Linha do Equador. Começa na Guiana e se estende até o Rio Grande do Norte.
A porção brasileira é dividida em 5 bacias sedimentares:
- Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará
- Pará-Maranhão, localizada no Pará e no Maranhão
- Barreirinhas, localizada no Maranhão
- Ceará, localizada no Piauí e Ceará
- Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte
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