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Laranja fica 37,52% mais cara em Belém e saca da fruta chega a R$80 em janeiro

Ela foi a quarta fruta com maior aumento de preço ano passado; saca de 20kg da laranja pera importada chega a R$80.

Jéssica Nascimento
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Segundo balanço divulgado pelo Dieese/Pa no início deste mês, a laranja pera foi a quarta fruta em Belém que mais aumentou de preço em doze meses. Entre dezembro de 2023 a dezembro de 2024, ela teve uma variação de 37,52%. O preço médio do quilo passou de R$ 5,97 a R$ 8,21

Em janeiro deste ano, a saca de laranja, que equivale a 20kg, teve alterações no preço na capital. Conforme Dinivaldo Pinheiro, diretor técnico da Ceasa (Central de Abastecimento do Pará), a laranja pera importada, que vem de São Paulo, ficou 9% mais cara. A saca dela hoje chega a custar R$ 80. No entanto, a saca da laranja regional teve queda de 15,5% no preço. Ela custava R$ 72 e agora custa R$ 60

Chuvas e entressafra são motivos para aumento do preço

Para Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/Pa, o Pará é produtor de laranja e os aspectos climáticos influenciam o preço da fruta no estado. 

“Esse começo de ano, olhando o Pará como região produtora e o inverno que a gente atravessa, a gente pode dizer sim que a gente tá no período da entressafra, mas ele não é comum pra todo o Brasil, pois você tem variações climáticas diversas, mas aqui pra nós com certeza o período chuvoso tem interferência direta”, explica Costa.

Feirantes têm opiniões diferentes sobre aumento

Nildo Moreira, feirante no bairro da Pedreira, vende laranjas importadas e laranjas regionais. A unidade custa hoje um real a custava antes cinquenta centavos. 

image Feirante Nildo Moreira. (Imagem | Thiago Gomes)

“O preço subiu quando começou o inverno. Ela sumiu, ficou meia seca, sem suco, sem conteúdo pra consumo e ela se tornou caro. Quando se torna caro, a procura do produto é bastante e a gente não tem qualidade pra fornecer pro cliente”, afirma o feirante.

Ele admite casos em que o cliente devolveu a laranja por ela não estar boa para consumir. Nildo Moreira também afirma que os fornecedores citam a seca como causa principal para o encarecimento do produto. 

“A seca contribui, porque metade do laranjal às vezes queima, acaba secando e o produto não consegue ser produzido porque tem que ter chuva, água regar as frutas”, detalhou.

Amauri Ferreira, também feirante no bairro da Pedreira, disse que a saca de laranja na Ceasa meses atrás custava R$20 e que agora está pagando R$ 70 pela mesma saca. 

image Feirante Amauri Ferreira. (Imagem | Thiago Gomes)

“Surgiram as fábricas de laranja. O que ficava pra gente aqui era uma boa quantidade. Como as fábricas entraram, o valor da fábrica compra quase toda a safra e o que fica pra gente é a sobra da laranja da Ceasa”, revelou. 

Segundo Ferreira, o que chega da Ceasa para os feirantes é superfaturado. “A saca era R$ 20, R$ 10 com 100 laranjas. Hoje, a laranja na Ceasa tá custando R$ 70 a saca e nem dá 100 laranjas”, lamentou.

O feirante admite ter o lucro baixo, pelo aumento dos preços da saca e pela impossibilidade de passar esse aumento para o cliente. “(O preço) pode voltar a cair sim, mas vai depender da safra. Se aumentar, a fábrica vai comprar uma boa quantidade, mas vai ficar uma quantidade maior no Ceasa”, afirma. 

 

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