IBGE Pará apresenta balanço sobre os Primeiros 'Resultados do Censo 2022' no Estado

De acordo com primeiros resultados, o estado aparece como o 9º mais populoso do Brasil e o primeiro da Região Norte

Luciana Carvalho
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou na última quarta-feira (28), os Primeiros Resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022, disponibilizando dados oficiais para os seguintes recortes: Brasil, Grandes Regiões, Estados/Distrito Federal, Concentrações Urbanas e municípios.

De acordo com os primeiros resultados do Censo 2022, o Brasil cresceu em população e em quantidade de domicílios, passando de 190,7 milhões de pessoas (Censo 2010) para 203 milhões, em 2022. Já a quantidade de domicílios, subiu de 67.5 milhões para 90.7 milhões, em 2022 (6,5% de crescimento).

No Pará, o Censo 2022 revelou um total de 8.116.132 residentes, colocando o estado como o 9º mais populoso do Brasil e o primeiro da Região Norte. O crescimento no número de pessoas residindo em solo paraense foi de 0,57%, ou seja,  535.081 pessoas a mais do que em 2010 (7.581.049 pessoas). Um total de 3.056.893 domicílios foram recenseados no Pará.

De acordo com Rony Helder Cordeiro, superintendente do IBGE no Pará, os primeiros resultados revelam que o Brasil cresceu e que o Pará acompanhou essa tendência, com 7% de taxa de crescimento.

"Dos 144 municipios do estado, 98 cresceram em população, com destaque para Parauapebas, Santarém, Canaã dos Carajás, Marabá, Altamira entre outros. No caso de Canaã, o município se destacou nacionalmente, tendo 176% de crescimento no número de domicílios", explicou.

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Em relação aos desafios enfrentados durante a coleta de dados no Pará, o coordenador técnico estadual do Censo 2022, Luiz Cláudio Martins, disse que um dos principais motivo do atraso no Censo, que impactou tanto a coleta quanto as várias outras etapas, foi o número insuficiente de recenseadores.

"Nós tivemos dificuldades em algumas áreas do Estado de conseguirmos recenseadores na quantidade necessária. Em Belém, por exemplo, em uma parte da cidade, nós tivemos uma dificuldade de conseguir pessoal. Em vários outros municípios, principalmente aqueles com áreas muito distantes, difícil acesso, nós também tivemos essa dificuldade. E inclusive, contamos com a colaboração de recenseadores vindos de outros Estados, como um vindo do Maranhão. Nós tivemos a necessidade de remanejar pessoal nesse período" disse.

Ainda de acordo com o coordenador técnico estadual, uma outra dificuldade enfrentada foi a resistência das pessoas que moram em condomínios em participar das entrevistas, além do acesso a áreas com maiores vulnerabilidades sociais . "Em alguns condomínios, principalmente aqueles de mais alto padrão, de mais alta renda, existiu essa dificuldade de coleta. Assim como também em aglomerados subnormais, que são aquelas áreas identificadas como invasões, com áreas mais precárias. Em algumas dessas áreas, nós tivemos dificuldade em virtude da questão da violência e aí precisamos de apoio, por exemplo, a Cufa no Pará - Central Unica das Favelas- que nos deu um apoio. As lideranças comunitárias também deram apoio. Foi um desafio muito grande que tivemos" pontua.

"No que diz respeito à particularidade do Estado, algo extremamente peculiar, são as questões logísticas e dificuldade de acesso. Temos regiões em que o acesso é realizado por diferentes meios, de várias maneiras, seja por carros, por meio de acesso fluvial, ou através de acesso aéreo. Então, a logística sempre representa um desafio, trazendo algumas dificuldades para a realização da coleta. Por exemplo, em áreas remotas, em algumas terras indígenas, algumas comunidades quilombolas e em regiões ribeirinhas" avalia Luiz Claudio.

De acordo com a entidade, o Pará encerrou o Censo 2022 com 96,75% de pessoas que responderam às entrevistas (3,25% de Não Respostas e 1,27% de Recusas - A média nacional ficou em 4,23% de Não Respostas, com 1,38% de Recusas).

O IBGE informou ainda que dados mais aprofundados resultantes do Censo 2022 (população quilombola e indígena, aglomerados subnormais, recortes de sexo, cor ou raça etc) serão disponibilizados gradativamente, a cada uma das próximas divulgações, cujo calendário deve ser divulgado em breve.

 (Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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