População do Brasil chega a 203 milhões, divulga o Censo 2022

Dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Gabriel Bentes
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No ano de 2022, a população do Brasil chegou à 203 milhões de pessoas. Isso significa que, em comparação ao último Censo Demográfico, feito em 2010, obteve um aumento de 12,3 milhões, que representa um crescimento de 6,5%. Essa é a menor taxa registrada desde 1872, quando ocorreu o primeiro Censo no país. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), principal órgão provedor de informações sobre o Brasil. A pesquisa foi feita em 5570 municípios brasileiros para produzir um retrato fiel da sociedade.

Os dados se referem até o dia 1º de agosto de 2022, quando o Brasil tinha os exatos 203.062.512 habitantes. Os mesmos fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, eles “apresentam um conjunto de informações básicas sobre os totais populacionais de domicílios no país em diferentes níveis geográficos e diferentes recortes, além de diversos indicadores derivados dessas informações, como a média de moradores por domicílio, a densidade demográfica e a taxa de crescimento anual da população”.

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image Censo Demográfico de 2022 registra 203 milhões residentes no Brasil (Divulgação/IBGE)

Nestes 151 anos de pesquisas o Brasil cresceu em sua população em mais de 20 vezes, totalizando uma somatória de de 193,1 milhões de habitantes. As décadas de 70 e 80 foram os períodos onde houveram um maior registro, com um crescimento de 27,8 milhões de pessoas. Em contrapartida, desde a década de 60 o Brasil vêm registrando um baixo índice de crescimento em seus residentes, quando as taxas a cada década foram de 2,89%, 2,48%, 1,93%, 1,64%, 1,17% e, agora em 2022, de 0,52%.

image Taxa de crescimento da população brasileira vêm descrescendo desde o Censo de 1960 (Reprodução/Agência Brasil)

Regiões

Em 2022, a região Sudeste do país continou tendo a maior população, 84,8 milhões de habitantes, o que representava 41,8% da população brasileira. Em seguida, vêm a região Nordeste com 26,9%; o Sul com 14,7%, o Norte com 8,5% e o Centro-Oeste com 8,02%

“Seguindo a tendência histórica de redução de crescimento da população total, as taxas calculadas para as cinco grandes regiões são mais baixas que aquelas estimadas para os dois períodos intercensitários anteriores”, observou o IBGE.

censo 2022 população dos estados

Estados

14 estados brasileiros e o Distrito Federal registraram taxas de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) em 2022. Apesar de ser o menos populoso, Roraima, foi o estado que mais cresceu sua população. Em 2010 havia uma população de 450.479 pessoas e, agora em 2022, registrou 636.303, o que representa uma taxa de 2,92%. Destacaram-se também no crescimento populacional os estados de Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%).

Com menor índice de crescimento, o Rio de Janeiro registrou um aumento de 0,03% em sua população. O estado sudestino, por sinal, é o 3º mais populoso do país.

Domicílios

Conforme o Censo de 2022, houve um aumento no número de domicílios. Com uma alta de 34% em comparação ao Censo de 2010, os dados obtiveram um acréscimo de 90,7 milhões. Levando em consideração a situação de seus moradores no período da pesquisa, as unidades domiciliares foram classificadas em:

  • Domicílios particulares permanentes ocupados;
  • Domicílios de uso ocasional;
  • Domicílios vagos;
  • Domicílios particulares improvisados ocupados;
  • Domicílios coletivos com moradores e sem moradores.

O órgão têm como objetivo coletar as informações das pessoas moradoras nos domicílios. Porém, às vezes, no momento da visita, o coletor (recenseador) não consegue realizar as entrevistas ou porque os moradores se recusam a responder ou porque não há ninguém no imóvel naquele momento. Por isso, desde a Contagem Populacional 2007, o IBGE incluiu a imputação de moradores em domicílios ocupados sem entrevista realizada, metódo também adotado por países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, México e Reino Unido.

Os domicílios particulares permanentes vagos cresceram 87% e atingiram 11,4 milhões. Os de uso ocasional, desde 2010, aumentaram 70%, chegando a 6,7 milhões. Em 12 anos, os domicílios particulares permanentes ocupados aumentaram 26%. Nessa última pesquisam os não ocupados cresceram 80%. 

Ao todo, o Censo de 2022 registrou 90,6 milhões de domicílios particulares permanentes, sendo 66 mil particulares improvisados e 105 mil coletivos. Atualmente, a média de moradores por domicílio no país é de 2,79 pessoas, o que mostra uma queda, pois, em comparação ap Censo de 2010, a média era de 3,31 moradores por domicílio.

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

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