Entidade empresarial relaciona trabalho escravo com ‘sistema assistencialista’ do governo
Entidade empresarial pede punição para responsáveis por trabalho escravo em Bento Gonçalves, mas critica falta de mão de obra
O Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves, na Serra do RS, divulgou uma nota nesta terça-feira (28) em que critica o “sistema assistencialista” e o seu impacto na falta de mão de obra na cidade, que teria relação com a situação de trabalho semelhante à escravidão descoberta na região. Há entre os chamados sistemas assistencialistas atualmente o Bolsa Família.
No entanto, a entidade considera a prática "inaceitável" e pede punição aos responsáveis pelo caso, que veio à tona na semana passada, após a fuga de três trabalhadores de um alojamento onde eram mantidos contra a vontade. A operação realizada no mesmo dia resgatou mais de 200 pessoas que eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.
"Sistema assistencialista que nada tem de salutar para a sociedade"
O trecho que repercutiu nesta terça-feira (28) foi: "Há uma larga parcela da população com plenas condições produtivas e que, mesmo assim, encontra-se inativa, sobrevivendo através de um sistema assistencialista que nada tem de salutar para a sociedade".
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Os trabalhadores eram contratados pela Fênix Servilos Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que fornecia mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. Eles afirmam ter sido extorquidos, ameaçados, agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.
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