Vítimas de trabalho análogo à escravidão em vinícola recebem atendimentos

Os 'escravizados do vinho' eram submetidos a jornadas de trabalho superior a 15h, com a promessa de moradia, alimentação e salário por dois meses

Rayanne Bulhões
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As 196 vítimas de trabalho análogo à escravidão em vinícola estão recebendo tratamento na Bahia (BA). Todos chegaram nesta segunda-feira (27)  e foram acolhidos pelo governo estadual, em parceria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Defensoria Pública. O foco é auxiliar nos atendimentos físicos e mentais.

Após o acolhimento, a expectativa é entender cada situação para analisar as medidas assistenciais, antes deles retornarem para a família. A medida inclui, ainda, apoiar os trabalhadores e a recolocação no mercado, com condições dignas.

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Entenda o caso

Os "escravizados do vinho" eram submetidos a jornadas de trabalho superior a 15h, no Rio Grande do Sul. Eles chegaram de várias partes da Bahia com a promessa de moradia, alimentação e salário por dois meses. Mas eram mantidos em um alojamento em péssimas condições, sofriam violências físicas e eram obrigados a comer alimentos estragados.

Os trabalhadores colhiam uvas nas vinícolas Aurora, Salton e na cooperativa Garibaldi. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida convocou uma reunião extraordinária da Conatrae (Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo) para apurar o caso.

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Alegação da defesa

As empresas afirmam desconhecer o crime, já que o serviço era terceirizado pela companhia: Oliveira e Santana. Um homem de 45 anos, apontado como responsável pela Oliveira e Santana, foi preso.

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