CVM torna réus dois ex-presidentes da Americanas em caso sobre rombo
Eles são acusados de omitir e atrasar o repasse de informações relevantes ao mercado
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia vinculada ao Ministério da Economia que normatiza e supervisiona o sistema financeiro nacional, formulou a primeira acusação sobre a fraude de R$ 20 bilhões no balanço das Americanas. O ex-CEO, Sérgio Rial, e o ex-diretor de relações com investidores da empresa, João Guerra Duarte Neto, são réus em um processo administrativo sancionador.
Rial e Guerra participaram de uma videoconferência inicialmente fechada com clientes do BTG Pactual no dia 12 de janeiro, dia seguinte à divulgação do rombo ao mercado. O acesso à live acabou sendo aberto ao público geral meia hora depois de Rial começar a explicar sobre o rombo e o fato das dívidas terem sido omitidas, por anos, das demonstrações financeiras da empresa.
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O ex-CEO é acusado de descumprir obrigações como a de “guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo ponderável na cotação de valores mobiliários”, sob pena de incorrer no uso de informação privilegiada.
Ele também é investigado pela CVM por não divulgar um fato relevante “de modo claro e preciso, em linguagem acessível ao público investidor”.
Já Guerra, é acusado de não “comunicar imediatamente à bolsa de valores e divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia-geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia”.
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