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Cotação do dólar hoje: qual valor o dólar fechou nesta quarta-feira (29/01)?

Moeda norte-americana cai pelo 8º pregão consecutivo de olho em FED e Copom

Antonio Perez
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O valor do dólar hoje fechou, na noite desta quarta-feira, 29 de janeiro, com a leve queda de 0,06%. Assim, o dólar para real ficou com a cotação de R$ 5,86.

Em pregão marcado por instabilidade e trocas de sinal, o dólar emendou a oitava sessão consecutiva de desvalorização. Investidores adotaram uma postura cautelosa ao longo do dia, evitando movimentos mais fortes antes da decisão de política monetária do Federal Reserve e a entrevista do chairman Jerome Powell, eventos que poderiam trazer novos sinais para o rumo da taxa básica americana.

Como esperado, o Fed manteve a taxa básica na faixa entre 4,25% e 4,50%. No comunicado, chamou a atenção dos investidores a retirada do trecho que mencionava o progresso da inflação rumo à meta de 2%. O BC americano afirmou que a inflação segue um pouco elevada e que vai monitorar cuidadosamente os dados econômicos para decidir sobre seus próximos passos.

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decisão foi divulgada na tarde desta quarta-feira, 29

A reação inicial do mercado foi negativa, com deterioração adicional das bolsas em Nova York e aceleração de taxas dos Treasuries e do índice DXY, termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes.

Por aqui, o dólar à vista, que rondava a estabilidade, se firmou em leve alta, aproximando-se do nível de R$ 5,88. A maré virou em meio a declarações de Powell, consideradas mais amenas. O presidente do BC descartou a possibilidade de alta dos juros neste ano e reiterou que, se houver progresso na inflação, há espaço para novos cortes. Por ora, a política monetária "está bem posicionada" e não há pressa em alterá-la, disse Powell.

Moeda americana acumula queda de 3,29%

Com máxima a R$ 5,8883 e mínima a R$ 5,8427, o dólar à vista fechou em queda de 0,06%, a R$ 5,8662. A moeda americana acumulou queda de 3,29% nos últimos oito pregões, o que levou a desvalorização acumulada em janeiro à casa de 5%. O real apresenta no mês o terceiro melhor desempenho entre as principais moedas globais, atrás apenas do rublo russo e do peso colombiano.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o tom aparentemente duro do comunicado do Fed, que deixou de mencionar progresso da inflação rumo à meta, foi desfeito pelas declarações de Powell. Borsoi observa que o presidente do BC americano explicou que a mudança no trecho do comunicado sobre a inflação não carregava qualquer mensagem sobre os próximos passos da política monetária.

"Ele disse para o mercado desconsiderar essa mudança no comunicado. Powell também falou que a taxa de juros está significativamente acima do nível neutro. Isso quer dizer que ainda tem muito espaço para cortes", afiram Borsoi, acrescentando que, por ora, o cenário externo ainda é favorável ao real.

As expectativas se voltam agora para o comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve anunciar hoje elevação da taxa Selic em 1 ponto porcentual, de acordo com o foward guidance fornecido em dezembro. As dúvidas são se o comitê vai reiterar o compromisso com outra elevação de 1 ponto porcentual em março e, sobretudo, se dará algum guidance para a reunião em maio.

Analistas ouvidos pelo Broadcast afirmam que as altas seguidas da taxa Selic tornaram muito custosa a manutenção de apostas contra o real no segmento de derivativos, além de estimular o apetite por operações de carry trade - fatores que ajudam a explicar a queda do dólar em janeiro apesar da continuidade do movimento de saída líquida de recursos do país.

Dados da B3 compilados pela Warren Investimentos mostram que ao longo do mês os investidores não residentes reduziram a posição comprada em dólares em derivativos cambiais (dólar futuro, mini, cupom cambial e swaps) da casa de US$ 80 bilhões para pouco menos de US$ 58 bilhões.

À tarde, o BC informou que em janeiro, até o dia 24, o fluxo cambial do Brasil foi negativo em US$ 7,953 bilhões, resultado de saída líquida de US$ 3,942 bilhões pelo canal financeiro e de US$ 4,012 bilhões via comércio exterior. Pela manhã, o BC vendeu oferta integral de US$ 2 bilhões em leilão de linha com compromisso de recompra, para rolagem do vencimento de linhas em 4 de fevereiro.

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