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No Senado, Campos Neto reforça discurso do LIDE sobre autonomia do BC e controle da inflação

Presidente do Banco Central foi chamado pelos senadores para dar explicações sobre o patamar atual da taxa básica de juros

O Liberal

Em audiência no Senado para explicar sobre o patamar atual da taxa básica de juros no Brasil, nesta terça-feira (25), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou os argumentos apresentados durante o Lide Brazil Conference, em Londres, na semana passada, sobre a autonomia da autarquia federal e a importância das decisões do BC para controlar a inflação no país

"Nunca na história desse país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de alta dos juros em um período eleitoral. O que mostra que o BC entendeu que a inflação ia subir, antes de grande parte dos outros países. O BC do país foi um dos primeiros a subir os juros", declarou, enfatizando a autonomia do Banco Central para tomar esse tipo de decisão em ano eleitoral. 

Ainda de acordo com Campos Neto, caso a taxa de juros não tivesse subido, a inflação teria sido de 10% em 2022, e não 5,8%. "E hoje, para controlar a inflação e a expectativa do ano que vem, teríamos que ter juros de 18,75% (ao ano). Se não tivéssemos, a inflação ia contaminar e subir bastante", continou. 

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 O presidente do BC disse também que é "importante separar o ciclo político da estabilidade econômica”, e que interferências na autarquia não são positivas. “Quando o Banco Central tem credibilidade, o mercado acredita nas metas”, declarou. 

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto deve ficar no comando do BC autônomo até 2024. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  outros integrantes do governo têm criticado o patamar dos juros, afirmando que o valor da taxa Selic desacelera a economia e influencia negativamente a geração de empregos.

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