Contribuição em Previdência Privada no Pará registra mais de R$ 1 milhão em 2024, aponta Fenaprevi
Público mais jovem também começa a investir na modalidade
Até o mês de outubro de 2024, o aporte com previdência privada no Pará alcançou R$ 1.876.000, segundo os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O levantamento é feito com base nos dados disponibilizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e indica que o desempenho do estado no último foi de quase 17% a mais, na comparação com o ano de 2023. Em Belém, investidores apostam na modalidade para garantir uma reserva de segurança mesmo antes de alcançar o emprego formal.
A estudante de jornalismo Gabrielle Borges, de 24 anos, investe desde o fim de 2023, utilizando as suas bolsas de estágio para isso e explica que foi incentivada pela mãe a investir na modalidade. Ela estabeleceu um valor mínimo de investimento entre R$ 150 e R$ 200 mensais em uma instituição financeira que pouco usa, na intenção de “esquecer o dinheiro lá”.
“Do meu grupo de amigos, da minha idade, eu sou a única que investe. Eu comecei no final de 2023, que era quando eu tinha uma bolsa de mestrado, então, eu dedicava uma parte para o meu lazer, uma parte para as minhas contas e gastos pessoais e depositava cerca de R$ 200 mensalmente na previdência privada em um banco que escolhi por eu não ser uma cliente tão ativa”, explica.
A estudante avalia sua iniciativa como uma reserva de segurança e estipula uma média de quinze anos como meta para seguir investindo e, ao final desse período, deve recolher os valores. “No futuro, caso aconteça alguma coisa ou caso tenha alguma emergência, eu sei que pelo menos a minha previdência privada está ali e que isso é um investimento de vida”, afirma. Diferente do senso comum, que, segundo ela, vê a modalidade apenas como um gasto, a estudante enxerga essa previdência como um “investimento de longo prazo".
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Vantagem
O contador e pós-graduado em gestão tributária digital Rogério Moura aponta que a principal vantagem do investimento na modalidade privada é o retorno seguro, mas enfatiza que isso só é possível se houver controle. Essa é, segundo ele, a principal diferença da previdência comum, onde o recolhimento do valor é descontado automaticamente na sua folha de pagamento.
“O risco do regime geral é sobre os valores a receber no futuro, uma vez que a legislação da Previdência Social está pautada por reformas, ou seja, a legislação pode ter mudanças e nesse processo o trabalhador pode perder tudo aquilo que ele recolheu. Já a Previdência Privada praticamente não tem perdas, mas te obriga a estar sempre fazendo investimentos”, explica.
Essa modalidade é realizada principalmente por bancos privados que aproveitam os valores investidos no rendimento. Moura lembra que também é possível deduzir os investimentos de uma previdência privada diretamente no imposto de renda, mas essa dedução é limitada em 12%.
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