Consultoria empresarial: Veja dicas de como ter mais qualidade de vida no trabalho

O mercado de trabalho tem se transformado de várias formas e busca, cada vez mais, uma atuação inovadora, muito como reflexo dos avanços tecnológicos. Se antes era preciso ficar um certo tempo em uma empresa para evoluir e ganhar um salário alto, hoje muitas pessoas – algumas ainda nem formadas – têm oportunidade de ocupar cargos altos que vêm com um grande incremento no bolso do trabalhador.

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A indústria da consultoria empresarial, que já pagava bem mesmo antes da pandemia, agora oferece resultados melhores, segundo os especialistas. Atraindo formandos, que saem da sala de aula para trabalhar em grandes empresas, a consultoria pode garantir salários ‘astronômicos’ em empresas de tecnologia, bancos, escritórios de advocacia e muitos outros ramos.

Confira 8 dicas de como ter mais qualidade de vida no trabalho

• Se manter em um emprego que gere prazer
• Caso sofra algum tipo de pressão psicológica, buscar um emprego mais leve emocionalmente
• Equilibrar trabalho com lazer, passando mais tempo com a família e os amigos
• Organizar melhor sua rotina e definir prazos e objetivos consigo mesmo
• Incentivar e participar de práticas saudáveis dentro da empresa
• Evitar conflitos com outros colaboradores e com chefias e manter relações interpessoais no trabalho
• Não se propor a fazer mais do que consegue, para não ficar sobrecarregado
• Aprender a trabalhar em equipe; assim, a jornada pode ficar mais leve

Como é a carreira de um consultor?

Para o administrador John Pablo Pinheiro, coordenador do curso superior de tecnologia em gestão de recursos humanos e logística na Universidade da Amazônia (Unama), a carreira do consultor é muito importante. Em todas as profissões, áreas de conhecimento e atuações profissionais, o trabalhador pode se especializar em consultoria. Por exemplo, há a consultoria jurídica, ambiental, organizacional, finanças, recursos humanos, marketing, planejamento, empreendedorismo e mais. Segundo ele, existe um leque grande de atuação nesse campo.

O especialista em consultoria tem uma representação muito forte para as empresas e instituições públicas, diz John, porque o papel do consultor é identificar problemas e situações adversas que podem estar impedindo o crescimento ou desenvolvimento dessa organização. A partir disso, ele faz um diagnóstico, levanta possibilidades de reestruturação e elabora plano de ação para mudar esse cenário até então negativo.

“Ele é importante porque vai atuar como empresa, parceiro daquele órgão público ou para onde for disponibilizar o seu serviço; ele contribui para o crescimento econômico, para a reestruturação das empresas e na implantação de novas visões novas técnicas, métodos de trabalho e liderança. Então esse profissional traz muitos benefícios quando é feita uma contratação assertiva, principalmente aquele consultor externo e terceirizado, que vem com outra energia e outros saberes, e consegue trazer uma nova visão e tendências para essa empresa”, ressalta o administrador.

Na avaliação de John, o empresário pode contratar um consultor a partir do momento em que percebe que já fez todos os investimentos possíveis para sua empresa crescer e se expandir e já explorou todo seu conhecimento e suas possibilidades em relação à gestão estratégica do seu negócio, mas, mesmo assim, não consegue avançar. Outra opção é fazer essa contratação quando o empreendedor está abrindo um negócio, momento em que é preciso ter conhecimentos técnicos, de planejamento estratégico e de gestão. É o consultor que ajudará esse novo empresário a montar um plano de negócios e construir a estrutura em que ela vai se solidificar.

Mas, em geral, o empresário pode chamar um consultor para qualquer necessidade que tiver, não somente para reconstruir ou iniciar uma empresa, já que a consultoria pode ser especializada e direcionada a segmentos específicos de cada organização.

Oportunidades para profissionais

Para quem deseja atuar nesta área, o primeiro passo, de acordo com Pinheiro, é que o profissional faça cursos, porque ter formações na área é importante, assim como adquirir o registro de consultor empresarial – ele diz que existem várias instituições dentro e fora do Pará que emitem certificações. Em geral, o processo da consultoria é lento, diz ele. “O consultor vai começar prestando serviço para pequenas empresas e negócios, e aí vai adquirindo experiências na área e em novos segmentos com essa diversidade de negócios que existe hoje na economia”, pontua.

John orienta que cada um desses negócios tem uma realidade e particularidade, então o profissional da consultoria precisa estar munido de ferramentas específicas de gestão e administração, e também deve adquirir competências comportamentais e emocionais. “Elas também são muito importantes para que ele possa gerir tantas rotinas e processos, porque vai ser um orientador e o planejamento dele precisa dar certo, por isso essas ferramentas são essenciais. E não recusar nenhum trabalho é uma boa dica, porque a vivência que esse profissional vai ter com empresas, pessoas e regiões diferentes vai agregar para o portfólio dele”.

Com as mudanças no mercado de trabalho, o especialista acredita que os empresários e empreendedores passam a depender mais de recursos digitais e tecnológicos, que vieram para ficar, mas ainda não fazem parte do dia a dia de muitos negócios, o que, para ele, pode ter sido o motivo do fechamento de tantos empreendimentos durante a pandemia da covid-19. O consultor, segundo John Pablo, precisa estar à frente do empresário que está com alguma dificuldade que precisa ser resolvida.

“Os consultores são cientistas organizacionais. Quem trabalha com isso já pesquisou e aprendeu práticas dinâmicas, e precisa estar se atualizando e buscando informações, seja na sua região ou em outro Estado, e até fontes de outros países. Eu sugiro a carreira de consultor para quem deseja e acredita que tem esse talento profissional. Existe campo e mercado, mas tem que investir”, ensina o administrador.

Qualidade de vida também é importante

Enquanto muitos buscam formas rápidas de chegar a um cargo de destaque e que pague acima da média, outros só querem viver em paz. De acordo com uma pesquisa feita pela entidade “FestadaFirma”, para 88% das pessoas o que vale mais é ganhar menos e ter qualidade de vida.

Segundo John, o profissional que constrói uma carreira encontra muitas coisas positivas, mas também desafios, dificuldades e superações. “Temos muita história para contar. Mas, além de profissionais, nós somos seres humanos, temos sentimentos, emoções, famílias e sonhos que não estão apenas concentrados em uma carreira. Então, há um momento na vida do ser humano em que ele prefere ficar com a família e com os amigos, e investir em interação social, ao invés de estar preso à carreira, à profissão e a apenas trabalhar”, comenta.

Todo profissional, na opinião do administrador, busca o equilíbrio entre qualidade de vida e bem-estar no emprego, associado à satisfação em ter uma boa remuneração. “O trabalho gera fadiga e esforço físico e mental. Estar em um emprego onde a pessoa gosta do que faz e é feliz, automaticamente gera satisfação, a carga da rotina torna-se mais leve e esse profissional pode encontrar qualidade de vida”.