Aumento nos preços de hortaliças e legumes impacta consumo em Belém
A abóbora ficou 59,14% mais cara, seguida do couve e do jambu
Os belenenses enfrentaram em 2024 um aumento significativo no preço das hortaliças e legumes vendidos na capital. Vários itens essenciais da cesta de hortifrutis registraram alta nos preços. A abóbora liderou a lista, com alta de 59,14%, seguida do maço de couve (46,78%) e do jambu, que contou com um aumento de 38,73%. Os dados fazem parte de um balanço divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA).
Além dos alimentos citados, o cheiro-verde, que é tão usado em nossa culinária diária, também encareceu (com alta de 35,50%). Em janeiro de 2024, o maço estava custando, em média, R$ 2,72, já em dezembro, os consumidores precisaram desembolsar R$ 3,55 para levar a hortaliça para a casa. O quiabo também está custando mais caro, com alta de 29,98%, passando de R$ 12,29 para R$ 16,26 o quilo.
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Nas feiras e mercados de Belém, a mudança nos preços é evidente. Brenda Caroline, dona de casa, afirma que tem refeito seu planejamento na hora de comprar legumes e verduras. “Antes, eu comprava tudo no mesmo lugar, mas agora preciso pesquisar e rodar pelas feiras e supermercados. Mesmo assim, ficou difícil manter o consumo de legumes e verduras na mesma quantidade de antes”.
Apesar da alta, alguns itens tiveram redução no preço, com destaque para a cebola, que abriu 2024 custando, em média, R$ 7 e finalizou o ano no valor de R$ 3,32 o quilo. A cenoura, o alface e a beterraba também baratearam, com redução de 17,23%, 8,88% e 0,68%, respectivamente.
Variação no preço dos legumes e hortaliças em dezembro
O Dieese também divulgou a variação dos preços no último mês de 2024. Nessa análise, a cenoura liderou as altas, com reajuste mensal de 3,66%. A abóbora ocupou o segundo lugar, com alta de 3,08% e o chuchu ficou em terceiro (3,08%).
Apesar dos preços altos, os consumidores também encontraram algumas hortaliças e vegetais mais em conta, como foi o caso do maço de alface (-2,79%), da batata (-2,71%), beterraba (-2,65%) e macaxeira (-2,31%).
Razões por trás da alta nos preços
De acordo com o Dieese, o ano de 2024 foi marcado por fortes impactos climáticos que afetaram a produção, a comercialização e a oferta de hortaliças, verduras e legumes. Além disso, os preços desses itens subiram devido à entressafra e ao aumento dos custos de distribuição.
Enquanto isso, a recomendação para os consumidores é pesquisar bem antes de comprar e optar por produtos da estação, que tendem a apresentar preços mais estáveis. O equilíbrio entre consumo e orçamento segue sendo um grande desafio para os paraenses.
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