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Preço do pescado em Belém deve continuar alto até a semana santa, aponta Dieese

Peixes como pirapema e surubim estão mais caros, mas ainda há opções acessíveis para os consumidores

Paula Almeida / Especial para O Liberal
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Os consumidores que frequentaram os mercados municipais de Belém, em dezembro de 2024, sentiram no bolso o impacto da alta nos preços do pescado. A pirapema foi a espécie que mais encareceu, com uma alta de 14,56%. Além dela, o surubim e o curimatã também ficaram mais caros, com alta de 13,40% e 9,21%, respectivamente. Os dados fazem parte do levantamento divulgado nesta quarta-feira, 15, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). No relatório, o órgão também apontou que os peixes devem continuar caros até a chegada da semana santa, fatores como a mudança das marés, o transporte do pescado e a procura pelos peixes para o feriado estão por trás disso.

“No final de cada ano, você tem a mudança do perfil de marés no Estado, então isso não só dificulta a captura do peixe, mas também coloca mais tempo e mais distância para buscar ele. Além disso, nesse período, inicia a temporada de defeso de várias espécies, então isso também vai diminuir a oferta porque nem todas vão estar disponíveis. Por último, há a questão do aumento na demanda e a busca pelo pescado no Estado, que cresce muito nessa época”, destaca Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/PA. 

Além das espécies citadas no início da matéria, outros peixes também tiveram reajustes expressivos em dezembro, sendo eles a arraia (8,42%), o aracu (8,20%), o tamuatá (5,99%), a sarda (5,95%), o mapará (5,18%), a pescada amarela (3,81%) e a pescada branca (3,55%).

Opções mais baratas

Apesar do cenário de alta, alguns pescados ficaram mais acessíveis para o consumidor. A pratiqueira teve uma redução de 13,65%, seguida pelo camurim (-13,07%) e a piramutaba (-10,47%).

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Balanço anual: preços em alta

Ao longo de 2024, o preço da maioria das espécies pesquisadas apresentou reajustes acima da inflação anual de 4,77% (INPC/IBGE). O aracu liderou as altas, com um aumento acumulado de 54,35% ao ano. Ele iniciou 2024 custando, em média, R$ 13,75 e fechou o ano sendo vendido por R$ 16,50. Outro pescado que encareceu foi o curimatã, que teve alta de 29,04%, além do cação (24,72%) e da corvina (23,91%). 

Por outro lado, algumas espécies acumularam quedas, como foi o caso da piramutaba, que apresentou a maior redução do ano, com 17,56%. Em janeiro de 2024, ela era encontrada por R$ 14,26, no mês de dezembro, os consumidores puderam comprá-la por R$ 11,55. A pratiqueira também ficou mais barata, com redução de 12,52, e em terceiro ficou o Xaréu, com queda de 11,62%.  

 

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