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Quanto custa manter uma moto em Belém? Veja os cálculos e principais despesas

Dono do veículo gasta, em média, mais de R$ 1.800 anuais com combustível, seguro, IPVA e manutenção básica; valor varia conforme o uso e modelo do veículo.

Jéssica Nascimento
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Manter uma moto em Belém pode ser uma alternativa econômica e eficiente de transporte, mas também exige planejamento financeiro. Custos de manutenção, seguro, impostos e combustível são fatores que, juntos, acumulam uma despesa significativa ao longo do ano. Nilton Lima, que trabalha com aluguel de brinquedos e é proprietário de uma moto há um ano, compartilha sua experiência com os gastos necessários para manter o veículo em boas condições.

Manutenção básica e consumo de combustível

De acordo com Nilton, a troca de óleo e filtros é feita trimestralmente, com um custo médio de R$ 31 por serviço. Ao longo do ano, o gasto total com óleo chega a R$ 124. Outros itens de manutenção, como as pastilhas de freio, são revisados a cada seis meses. “Sempre que faço a revisão geral da moto, que custa R$ 120, troco peças como lona de freio, cabo de freio e caixa de direção. É o básico para garantir segurança e evitar problemas futuros”, explica.

No quesito combustível, o consumo varia conforme o uso do veículo. “Minha moto CG 160 consome cerca de 8 litros por mês, o que dá em média R$ 50 mensais. Ao final do ano, isso significa um gasto de R$ 600 apenas com gasolina”, afirma.

Custos variáveis: pneus, acessórios e seguro

Outras despesas, como troca de pneus e acessórios, dependem da frequência de uso da moto. Nilton explica que, no seu caso, os pneus são trocados a cada dois ou três anos, com um custo aproximado de R$ 230 por unidade. “Como não uso tanto a moto, os pneus têm uma durabilidade maior, mas é um gasto que precisa ser contabilizado quando necessário”, acrescenta.

Já o seguro, considerado essencial por muitos motociclistas, custa R$ 500 por ano para seu modelo, uma CG 160 de 2020. "O seguro é fundamental, pois cobre imprevistos e aumenta a segurança do patrimônio.”

Acessórios como o baú traseiro e a antena de corte de linha de pipa também entram na conta, embora sejam investimentos pontuais.

IPVA e despesas extras

Outro gasto fixo e inevitável é o IPVA, que no caso de Nilton custa R$ 200 anuais. Segundo ele, essa é uma despesa previsível, mas que pesa no orçamento junto com as revisões periódicas e peças de reposição. “No geral, os custos com revisão, que incluem troca de peças como o pinhão, chegam a R$ 400 anuais”, detalha.

Custo total anual

Ao somar os gastos fixos e variáveis, Nilton calcula que o custo anual para manter sua moto em Belém gira em torno de R$ 1.824. Essa estimativa inclui:

  • Manutenção regular (óleo e filtros): R$ 124
  • Combustível: R$ 600
  • Seguro: R$ 500
  • Revisões periódicas e peças: R$ 400
  • IPVA: R$ 200

“Ter uma moto ajuda muito no dia a dia, tanto para o trabalho quanto para economizar tempo. No entanto, é importante organizar as finanças e se planejar para lidar com todos esses gastos, que acabam se acumulando”, conclui Nilton.

Harley Davidson em Belém: Proprietários enfrentam custos altos de manutenção

Arthur Vianna, mecânico experiente e proprietário de uma oficina de motos no bairro da Cremação desde 1986, explica que o mercado de motocicletas evoluiu significativamente, trazendo uma ampla gama de marcas, modelos e cilindradas. “As motos geralmente começam em 110cc e vão até impressionantes 2.400cc, como é o caso de algumas Harley Davidson, que são as que costumo atender”, comenta. Segundo ele, manter um veículo desse porte demanda atenção e planejamento financeiro.

Custos regulares: de óleo a pneus de alta performance

Arthur detalha os custos associados às Harley Davidson, começando pela troca de óleo e filtros, que custa em torno de R$ 700 e precisa ser feita a cada 8 mil km. Já a troca de pneus, essencial para garantir segurança e desempenho, alcança valores elevados. “O par de pneus para essas motos custa R$ 2.800 e costuma durar cerca de 15 mil km”, explica.

Itens como as pastilhas de freio, uma das peças mais substituídas, apresentam custo médio entre R$ 350 e R$ 500, dependendo do modelo. Outro componente relevante é a correia, avaliada em aproximadamente R$ 3.000, mas que oferece maior durabilidade, suportando até 80 mil km de uso.

“Tudo varia conforme o uso que o proprietário faz da moto. Para aqueles que rodam pouco, uma revisão anual é suficiente e custa, em média, R$ 1.000”, acrescenta o mecânico.

Consumo, impostos e personalização

O consumo de combustível também é uma questão relevante. Segundo Arthur, motos Harley Davidson fazem uma média de 14 km por litro. “O gasto anual com combustível depende de quanto o dono utiliza o veículo, mas não é algo barato, considerando a média de consumo”, observa.

Quando se trata de impostos e taxas, o custo varia de acordo com a cilindrada e o ano do modelo. Além disso, os gastos com peças de reposição não podem ser ignorados. “As pastilhas de freio, pneus, óleos e até lâmpadas são itens com maior desgaste e precisam de substituição mais frequente”, aponta Arthur.

Para aqueles que gostam de personalização, o leque de acessórios disponíveis é extenso. “Os acessórios ficam a critério do dono. Há uma grande variedade que permite adaptar a moto ao estilo de cada um, mas isso também pesa no bolso”, destaca.

Mecânico de motos premium revela custos com modelos caros 

Moacir DeLucca, engenheiro eletricista e técnico em mecânica de motos premium desde 2017, afirma que há motos que requerem 4 litros de óleo e até 7 litros. “Os valores variam entre 800 a 1500 reais para aquela revisão simples, anual”, disse. No entanto, segundo ele, há outras revisões que podem custar mais caro. 

image Moacir DeLucca, à direita, é técnico em mecânica de motos premium em Belém. (Imagem | Thiago Gomes)

O técnico em mecânica revela que o seguro para motos caras podem variar de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil. “Eles são proporcionais ao custo da moto, porque estamos falando de motos que vão de 35 mil até 200 mil reais”, revela. 

Para ele, é importante verificar na contratação de um seguro ver quantos quilômetros de guincho o seguro cobre. “Porque você tem que ver qual é a proposta da tua motocicleta. Pra você brincar, viajar aqui pelo estado, trabalhar é uma proposta. Agora, se você pretende viajar, é outra proposta”, explica.

No momento, está fazendo manutenção de motos que vão para o extremo sul da Argentina, para a região da Patagônia. “Pra esse caso, já se requer um seguro com contrato de quilometragem de guincho limitada. Isso porque uma pane pode estragar toda a viagem”, destaca.

Ele explica que, além da manutenção simples, há a manutenção de peças gastas. “As principais peças gastas são bateria, pastilhas de freio, pneus e rolamentos. Vamos dizer que eu fui trocar esses quatro itens completos de uma motocicleta. Nós estaríamos falando entre 4 mil e 7 mil reais”, detalha Moacir DeLucca.


 

 

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