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Alta nos preços desafia quem usa suplementos alimentares no dia a dia

Consumidores buscam promoções e alternativas para manter rotina de treinos; produtos como whey protein e creatina estão entre os mais afetados

Amanda Engelke / Especial para O Liberal
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A inflação tem afetado diretamente o bolso de quem usa suplementos alimentares com frequência. Consumidores relatam que suplementos como whey protein, creatina e pré-treinos registraram aumentos consideráveis nos últimos meses, e a rotina de treinos precisou se adaptar.

De acordo com o IPCA, o grupo “Alimentação e bebidas” acumula alta de 7,42% nos últimos 12 meses. Derivados do leite, como o whey protein, seguem pressionados por oscilações no mercado internacional.

Como a maior parte da matéria-prima utilizada na indústria de suplementos é importada, a variação do dólar também impacta diretamente no preço final ao consumidor.

Para muitos adeptos, o gasto mensal com esses produtos, que já era alto, agora ultrapassa facilmente os R$ 300, mesmo entre consumidores que pesquisam por promoções.

Pesquisa e promoções viram estratégia de consumo

A personal trainer Luana Costa, 31 anos, é um exemplo de quem tenta driblar essa alta. “Eu sempre espero uma promoção em marketplace; então, dá pra economizar”, conta. Ela usa creatina diariamente e também consome beta alanina.

"A creatina que eu uso hoje está R$ 54, mais barata do que na semana passada. Já a beta alanina subiu. A estratégia, nesse caso, é esperar uma boa promoção”, compartilha Luana.

image Luana Costa tenta dribla alta com promoções em marketplaces (Foto: Arquivo Pessoal)

Para ela, o segredo está em buscar marcas menos conhecidas, mas bem avaliadas. “Nem sempre é necessário comprar o mais caro do mercado. Por vezes existem marcas confiáveis e que oferecem benefícios perceptíveis pelo corpo”, observa.

A creatina, segundo Luana, é um suplemento difícil de substituir. “Ela pode ser encontrada em alimentos como carnes, peixes e ovos, mas não na mesma concentração. Então, para muita gente, acaba sendo um complemento indispensável”, diz.

Diferença é maior para quem mantém uma rotina intensa de treinos

O personal trainer Ederson Brito, 36 anos, também sente no bolso a diferença. Além de dar aulas, ele é auxiliar de arbitragem e mantém uma rotina intensa de treinos. “É por saúde, pela profissão e também uma escolha de vida”, resume.

No dia a dia, ele consome whey protein, creatina e pré-treino, e o aumento dos preços foi evidente. “Eu pagava R$ 100 no whey. Agora tá entre R$ 120 e R$ 150. A creatina pura também subiu, chega a R$ 150”, relata Ederson.

Mesmo com os custos mais altos, ele afirma que não pensa em parar a suplementação. “Afeta mais a alimentação do que o treino. A gente precisa se adaptar”, conta o personal.

image Ederson Brito, personal trainer e auxiliar de arbitragem, 36 anos (Cristino Martins / O Liberal)

Hoje, Ederson chega a gastar entre R$ 300 e R$ 350 por mês só com suplementos.

Reajustes são reflexo da inflação e da valorização do dólar

A percepção dos consumidores é confirmada por quem vende. Diego Moreira, gerente de uma loja de suplementos em Belém, avalia que os reajustes são reflexo da inflação e da valorização do dólar.

“A maioria dos insumos é importada. Com a alta do dólar e a demanda mundial por proteína concentrada, o preço sobe. A creatina teve um pico e agora começa a estabilizar”, comenta Diego.

Ele também nota mudança no perfil de consumo: “Os clientes estão mais atentos, pesquisando mais, escolhendo marcas nacionais e comprando em maior volume quando encontram promoções”, analisa o lojista.

Dá pra manter os resultados mesmo com o bolso apertado?

Para quem precisa manter uma ingestão adequada de proteína mesmo com os suplementos mais caros, algumas estratégias podem ajudar. Veja abaixo um resumo das dicas para economizar sem perder os ganhos:

1. Priorize alimentos ricos em proteína

Ovos, frango, carne moída, peixes, leite, queijo branco, grão-de-bico e feijão são aliados importantes e bem mais baratos do que suplementos. Uma dieta bem montada pode suprir boa parte das necessidades sem uso diário de whey, por exemplo.

2. Avalie o que é realmente necessário

Com a ajuda de um nutricionista, vale entender se todos os suplementos são mesmo indispensáveis. Muitas vezes, o essencial pode ser mantido com boa alimentação e apenas um ou dois produtos-chave.

3. Aproveite o custo-benefício dos refis e embalagens maiores

Refis e embalagens econômicas costumam compensar no preço por porção. Assinaturas mensais em sites especializados também são uma boa saída. Há também o whey protein 100% do soro do leite, mas há o meno caro, com mistura de proteína se soja. A quantidade de proteína por dose pode ser a mesma nos dois tipos. Alternar um mês o sem mistura e outro mês o com soja pode ser uma opção.

4. Pesquise, compare e espere promoções

Sites como Amazon, Mercado Livre e até farmácias populares oferecem variações grandes de preço entre uma semana e outra. Comparar é fundamental para pagar menos.

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