2 a cada 3 brasileiros são favoráveis à exploração de petróleo na Foz do Amazonas, aponta pesquisa
Margem Equatorial: pesquisa ouviu pessoas do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte
Levantamento Atlas/Intel encomendado pela CNN Brasil mostra que a maioria dos brasileiros é favorável à Petrobras explorar petróleo na Foz do Amazonas. De cada três pessoas ouvidas na pesquisa, duas acham que a estatal deve realizar a exploração, 62,4% do total. O percentual corresponde à soma daqueles que acham que isso deve começar a ser feito apenas quando a empresa tiver a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e realizar os estudos do impacto na região (36,3%) e dos 26,1% que não veem empecilhos para a iniciativa.
Outros 18,3% dos entrevistados são contra a exploração na região, enquanto 19,3% são sabem.
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A chamada Margem Equatorial abrange cinco bacias em alto-mar, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Além da Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará, tem ainda a Bacia Pará-Maranhão, localizada nos dois estado; a Barreirinhas, localizada no Maranhão; a Ceará, localizada no Piauí e Ceará; e Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte.
Embora o nome da Bacia mais ao Norte seja Foz do Amazonas, o primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar na região fica a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Além dessa distância na superfície, a perfuração está prevista para ocorrer a cerca de 2.880m de profundidade de lâmina d'água.
Em maio, o pedido de licença para perfurar poço de petróleo no litoral do Amapá foi negado pelo órgão ambiental. A Petrobras reapresentou o pedido, que segue em análise no Ibama.
A pesquisa Atlas/Intel ouviu 1.834 pessoas de 4 a 7 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais com nível de confiança de 95%.
Considerando apenas os entrevistados que vivem nos estados que compõem a região litorânea Margem Equatorial (Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte), o levantamento mostrou que 47,7% concordam com a exploração, desde que com autorização ambiental e com estudos. Já 29,5% apoiam totalmente. Enquanto 15,3% não concordam e 7,6% não souberam responder.
Em relação ao risco, 39,5% dos entrevistados disseram acreditar que a exploração pode trazer um alto risco ambiental e 12,2% acreditam em um risco médio, mas para 14.9% o risco é baixo. Outros 5,9% não veem risco e 28,1% não souberam responder.
No que se refere aos resultados econômicos, 55,6% acreditam que trará um impacto positivo e 15% pensam que não, enquanto 29,4% não souberam responder.
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