1,42 milhão de motos deverão ser produzidas em 2022, estima Abraciclo
A região Norte foi a que registrou o maior crescimento percentual no volume de emplacamentos em setembro
Cerca de 1,42 milhões de unidades de motos devem ser produzidas em 2022. É o que estima a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) após revisar as projeções pela segunda vez este ano. As informações são da Portal do Trânsito.
A expectativa é de que as fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) produzam um volume 18,8% superior às 1.195.149 unidades fabricadas no ano passado.
A região Norte foi a que registrou o maior crescimento percentual no volume de emplacamentos em setembro com 15.914 motocicletas licenciadas, volume 31,8% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, com 12.074 unidades.
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Em números absolutos, a liderança é da região Sudeste (48.129 motocicletas e 38,9% de participação do mercado), seguida das regiões Nordeste (35.676 unidades e 28,9% do mercado), Norte (15.914 motocicletas e 12,9%), Centro-Oeste (12.433 unidades e 10,1%) e Sul (11.489 unidades e 9,3%).
No ranking do acumulado do ano, as três primeiras posições foram mantidas: Sudeste (382.997 unidades e 38,8% do mercado), Nordeste (290.579 motocicletas e 29,5%) e Norte (121.348 unidades e 12,3%). Em quarto lugar, ficou a região Sul (96.732 motocicletas e 9,8%), seguida pelo Centro-Oeste (94.594 unidades e 9,6%).
Dados do RENAVAM de março desse ano, mostram que a frota de motos e similares em 2022 no Brasil já supera 30,5 milhões de unidades. Além disso, a alta da produção trará um aumento geral nos emplacamentos, mas cada região será impactada de forma diferente. “Como exemplo, entre 2011 e 2021, as regiões Nordeste e Norte foram as que apresentaram maior porcentual de crescimento na participação na frota nacional. Com consequente diminuição de participação das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Já sob a análise de habitantes por veículo, as regiões Norte e Centro-Oeste apresentam uma relação inferior à média nacional. A região Nordeste permanece na média brasileira”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
No entanto, ao avaliar o cenário econômico, Fermanian ressalta que a associação está atenta às variáveis que podem fazer o consumidor deixar de adquirir um produto. São exemplos a alta da inflação e as taxas de juros, que comprometem o poder aquisitivo da população.
“Não existem levantamentos ou estudos que comprovem uma relação direta entre o aumento de venda de motocicletas com a alta dos preços dos combustíveis, por exemplo. O que podemos afirmar, com certeza, é que a procura aumentou muito durante a pandemia. Isso porque houve o crescimento dos serviços de entrega e o maior uso nos deslocamentos urbanos para evitar a aglomeração do transporte público”, avalia o diretor executivo da Abraciclo, Paulo Takeuchi.
No último mês de setembro de 2022 um total de 139.622 motos foram produzidas pelas empresas associadas da Abraciclo e alcançaram o segundo melhor resultado do ano. Elas ficaram atrás somente das 145.852 motocicletas fabricadas em agosto, registrando uma redução de 4,3%.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 28,2% (108.948 unidades). Foi o melhor desempenho, por exemplo, para o mês desde 2013 com 150.731 unidades produzidas.
De acordo com levantamento da associação, esse é o melhor resultado para o período em oito anos. Em 2014, por exemplo, houve a fabricação de 1.166.527 motocicletas. “Estamos bem próximos do número alcançado em todo o ano de 2019, antes da chegada da pandemia. Naquele ano fabricou-se 1,1 milhão de unidades”, afirma e finaliza o presidente Fermanian.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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