Processo de injúria racial contra Luísa Sonza ressurge; advogada apontou racismo em fala da cantora
A audiência iria ocorrer na semana passada, mas por conta do vazamento do link, o encontro entre as partes precisou ser remarcado.
O antigo processo contra Luísa Sonza por injúria racial voltou à tona. A cantora é processada pela advogada Isabel Macedo desde 2020 por um episódio ocorrido dois anos antes. Após uma audiência do processo marcada para semana passada, e depois cancelada, gerar pouca repercussão nos veículos de mídia, parte da sociedade civil tem cobrado explicações.
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A audiência iria ocorrer na semana passada, mas por conta do vazamento do link (audiência era virtual), o encontro entre as partes precisou ser remarcado. Uma parcela da sociedade aponta que a cantora tem sido “protegida” por páginas de fofoca e parte da imprensa por conta da pouca repercussão. Por outro lado, fãs de Luísa Sonza acusam os veículos que tocam no assunto e personalidades de reviver uma notícia “velha”.
Relembre o caso
Em uma entrevista ao site Notícia Preta em 2020, Isabel revelou que, durante uma viagem à Fernando de Noronha em 2018, Luísa Sonza teria segurado seu ombro e pedido um copo d’água, supondo que a mulher fosse uma funcionária do local.
“Era meu aniversário, eu tinha viajado sozinha e estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso parei atrás da Luísa. No evento tinham vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse ‘Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’”, relatou.
Isabel relata que retrucou a cantora e disse que ela nunca teria mesma atitude se uma pessoa branca estivesse em seu lugar: “Na hora eu disse a ela que ela nunca sentiria o que eu estava sentindo, pois ela nunca seria confundida com as pessoas que servem nas festas que ela frequenta. Não é demérito algum ser empregada, eu mesma já fui doméstica, a questão é por que a branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?”, indagou.
A defesa de Luísa Sonza, no entanto, pediu a extinção do processo alegando que Isabel atua em má-fé, pois deseja “usufruir de vantagens financeiras e obter seus cinco minutos de fama”. A própria cantora negou o ocorrido em 2020 assim que o caso foi revelado pela primeira vez: “Gente, tudo isso é mentira! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é o meu caráter, minha índole”.
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