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Polícia Civil investiga cliente por injúria racial após chamar funcionária de loja de 'neguinha escrava'

Segundo a PC, a cliente já foi identificada e câmeras de segurança do estabelecimento foram recolhidas, para ajudar na investigação

Fabyo Cruz
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A Polícia Civil investiga um crime de injúria racial cometido contra a funcionária de uma loja de departamentos. Imagens gravadas pela câmera de um celular mostram a cliente chamando a trabalhadora de "neguinha escrava". O caso aconteceu na cidade de Tucano, em Salvador, no dia 26 de agosto, mas as imagens só viralizaram nas redes sociais na quinta-feira (1º).

Segundo a PC, a cliente já foi identificada e câmeras de segurança do estabelecimento foram recolhidas, para ajudar na investigação.  A polícia não deu detalhes sobre as circunstâncias do crime, mas é possível ver que a mulher estava no caixa de pagamento, quando começou a discussão com a funcionária da loja. As imagens gravadas não mostram como as ofensas racistas começaram.

No primeiro momento do vídeo, a cliente chama a funcionária de bandida. A trabalhadora retrucou e respondeu que bandida era a mulher. A cliente então passou a humilhar a funcionária, colocou o dedo no rosto dela e passou a ofendê-la.

Depois disso, a funcionária então chamou a cliente de louca, e ela respondeu com ofensas racistas. Além disso, a mulher afirmou que vai processar a jovem. Toda a discussão é acompanhada por outros funcionários da loja, que não intervieram na situação.

“Eu te processo antes de você me processar de ‘neguinha’. Você me chamou de louca e eu te chamei de ‘neguinha escrava’”, confessa a cliente.  A trabalhadora então respondeu que a atitude dela era de "uma pessoa desequilibrada". A mulher então proferiu mais ofensas racistas. “Se coloque no seu lugar. Vá fazer seu serviço, louca, neguinha, me processe”.

Por meio de nota, a loja de departamentos informou que acolheu e que tem dado suporte aos trabalhadores. Além disso, disse também que está à disposição da polícia. No mesmo comunicado, a empresa diz que lamenta o caso de racismo, e que o respeito à diversidade está entre os valores fundamentais da companhia, que tem a equidade racial como um dos pilares de estratégia de sustentabilidade corporativa.

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