Dira Paes participa de roda de conversa na Galeria Visit Brasil, em Paris; foto
A paraense compôs o bate papo sobre "O Brasil nas telas: a influência das atrizes brasileiras na percepção internacional do turismo e da cultura”. A professora do Bacharelado de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Pará Jorane Castro, também estava presente.

A atriz Dira Paes esteve na Galeria Visit Brasil Paris 2025, para falar sobre a interferência das produções cinematográficas sobre o turismo e a percepção internacional da cultura do Brasil. Nesta segunda-feira (28), ela c ompôs a roda de conversa “O Brasil nas telas: a influência das atrizes brasileiras na percepção internacional do turismo e da cultura”, ao lado da professora do Bacharelado de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Pará Jorane Castro, da diretora de cinema e roteirista baiana radicada em Paris Liliane Mutti, e da presidente da Academia Brasileira de Cinema, Renata Magalhães.
Dira está em Paris para receber um a homenagem do 27º Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece de 29 de abril a 6 de maio no tradicional cinema de rua L’Arlequin. A paraense receberá o Troféu Jangada e terá sua trajetória no cinema celebrada com a exibição de cinco longas-metragens que marcaram sua carreira como atriz e diretora.
Na roda de conversa, que foi mediada por Kátia Adler, da Jangada Festivals, e teve participação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, Dira Paes estava como convidada em razão do festival. A atriz começou sua fala destacando a importância da galeria, um espaço-conceito com experiências imersivas para apresentar a diversidade brasileira para mercados turísticos internacionais estratégicos.
“Eu, como amazônida, o meu olhar é muito intrínseco, porque o que é que eu sinto? Um olhar de identidade profunda. Para onde eu vou, eu levo a Amazônia comigo porque eu tenho a cara da Amazônia. Eu sou estereótipo, vamos dizer assim, de uma amazônida. A Amazônia está em mim o tempo todo. E, de certa forma, durante esses 40 anos de carreira, eu também fiz esse movimento sem intenção, levando para os meus filmes onde eu estava presente essa Amazônia que eu sou”, disse.
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A paraense ressaltou a importância do cinema para envolver os espectadores com os cenários das histórias, gerando identificação e provocando questionamentos a partir do audiovisual. E no caso da Amazônia, a compreensão sobre o bioma e os povos que nele vivem. Para ela, é importante que esse conhecimento se estenda a todos os biomas. “Você vê, ouve, entende sente curiosidade e busca quando você se identifica. Você busca fazer parte dessa ideia, dessa proteção”, afirmou Dira Paes.
“O cinema é uma maneira mais rápida e eficaz de romper fronteiras, de romper o desconhecido. E isso quando acontece com emoção, além de tudo, não só com a parte documental, mas através de uma história ficcionada, você consegue ser muito mais eficaz, porque o que toca o coração está tocando a sua mente. A COP30, no próximo novembro, vai ser no Pará, no coração da Amazônia, e eu sinto que, a partir dali, vai haver um aumento muito grande em torno dessa vocação natural que o Brasil tem para ser um país extremamente cinematográfico”, completou a atriz.
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