Astrea Lucena comemora 48 anos de carreira

Aclamada nos palcos paraenses, com passagem por vários grupos de teatro, Astrea Lucena chega aos 48 anos de carreira e ao auge da trajetória artística, agora também no cinema. Com participação na série "Guyane", produção do Canal+ da França (direção de Kim Chapiron, Phillipe Troboit e Fabien Nury), que está com a segunda temporada sendo comercializada na Europa, Astrea também atuou na série brasileira "Sacoleiras" (de Roger Ellarat), em fase de pós-produção, e protagoniza o curta "Zuleica" (de Afonso Galindo), sobre a solitária empregada do setor de achados e perdidos de um shopping, que será lançado no mês que vem. Atualmente, ela grava no Brasil um outro projeto audiovisual de escala mundial, que ainda está sendo mantido em sigilo.

Astrea iniciou a carreira nos palcos aos 20 anos. Teve a oportunidade de morar com a mãe no Rio de Janeiro, mas decidiu voltar a Belém. Entre os trabalhos que fez no teatro estão "Cobra Norato" (de Cláudio Barradas); e "Verde Ver-o-peso" (de Geraldo Sales). "Vivi a época fértil do teatro. Mas, hoje, não tem política cultural", observa. No cinema, atuou no premiado curta "Matinta" ao lado de Dira Paes (de Rui Santa Helena); no longa "Conspiração do Silêncio" (de Ronaldo Duque); e no novo curta "Antigamente não existia dia" (de Adriano Barroso), entre outros.

Em quase meio século dedicado à dramaturgia, ela nunca conseguiu se sustentar como atriz. "Eu fazia o que gostava. Era um trabalho atrás do outro." Astrea diz que só sente gratidão: "Eu não poderia ser outra coisa, me apaixonei. Eu tinha um caminho, eu tinha que fazer teatro. Quando comecei estava desnorteada, perdida, mas me encontrei no dramaturgia."