Macron em Belém: surto de dengue no Brasil preocupa autoridades francesas
Presidente francês passará por três cidades em surto - Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta terça-feira, Macron visita Belém
O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca em Belém, nesta terça-feira (26), para cumprir agenda no Brasil. Além da capital paraense, Macron passará por outras cidades - três delas enfrentam situação de emergência por surto de dengue: Brasília (DF), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). O fato preocupa autoridades francesas, de acordo com fonte que se pronunciou sobre o cenário ao jornal Estadão.
O Brasil já registrou 2 milhões de casos de dengue - recorde desde 2000. Houve 715 mortes. A maioria dos óbitos está no Distrito Federal, que contabiliza 152 baixas. Outras 1.078 mortes estão sob investigação, segundo o Ministério da Saúde. São Paulo registrou até o momento 110 mortes pela dengue, o Rio de Janeiro, 63, e o Pará apenas 2 óbitos.
O primeiro compromisso de Macron é em Belém, onde circulará por ambientes abertos e fechados. Com o presidente Lula, irá tomar um barco rumo à Ilha do Combu para conhecer o cultivo de cacau e conversar com lideranças ribeirinhas e indígenas.
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O presidente francês passará a quinta-feira (28) em compromissos no Distrito Federal, que tem o mais grave surto de dengue do Brasil no momento.
Preparativos para a viagem
Além de medidas de praxe relativas à segurança, os governos da França e do Brasil trataram de restrições alimentares do chefe de Estado francês e de desejos específicos, como fazer uma caminhada na Avenida Paulista, em São Paulo. Paris comunicou ao Itamaraty que Macron tem costume de fazer atividades assim quando viaja ao exterior e gosta da prática esportiva.
Os preparativos mobilizaram o escritório de Macron, a embaixada e consulados franceses no Brasil, além do Palácio do Planalto e do Itamaraty. Entrou no radar das autoridades de Paris o risco de contrair a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos no Brasil, como febre amarela e malária, comuns sobretudo na Região Norte - a última é mais frequente em áreas remotas. Todas tendem a ser potencializadas no período de chuvas do inverno amazônico.
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