Indígenas localizam telefone e documentos de Dom Philllips e Bruno Pereira

Os objetos foram localizados próximo ao local em que as vítimas foram mortas

Enize Vidigal
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O telefone via satélite do jornalista inglês Dom Phillips e as carteiras com os documentos pessoais dele e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados em meio à floresta por indígenas da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), na quarta-feira (28). Os dois foram assassinados no dia 5 de junho, na região de mesmo nome, no Amazonas.

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A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) informou que os objetos estavam em uma área próxima ao local onde o jornalista e o indigenista foram executados - às margens do Rio Itacoaí - e que a direção da Univaja vai encaminhar os objetos à Polícia Federal.

O telefone deverá ser submetido à perícia e coleta de dados que possam contribuir para a investigação do crime, revelando detalhes sobre as horas que antecederam as mortes das vítimas, além de mostrar se Dom Phillips fez imagens ou gravou conversas dos suspeitos de participação no homicídio.

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Presos

Num dos inquéritos que apura o crime, foram denunciados Amarildo de Oliveira (o Pelado); o irmão dele, Oseney Costa de Oliveira; e Jefferson Lima da Silva (o Pelado da Dinha). Este último confessou os homicídios. Em outro inquérito paralelo, a Polícia Federal apura o envolvimento de moradores das comunidades ribeirinhas de São Gabriel e São Rafael, às margens do Rio Itacoaí, nas invasões para pesca e caça predatórias à Terra Indígena do Vale do Javari. Bruno vinha denunciando Pelado como líder do bando.

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Em São Gabriel e São Rafael foram presos, por associação criminosa, Jânio Freitas de Souza, Laurimar Lopes (o Caboclo), Otávio Costa de Oliveira, Amarílio Oliveira e Elicley Costa de Oliveira (o Sirinha), sendo estes três últimos irmãos de Pelado. 

Pelado é acusado de associação com o narcotraficante Rubens Villar Coelho para a realização de expedições de pesca e caça ilegais na Terra Indígena do Vale do Javari.

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