'Predador em série', diz delegado sobre assassino que matou e estuprou mãe e três filhas

O delegado afirmou, ainda, que o autor premeditou o crime e acompanhava a rotina da família

Carolina Mota

O delegado responsável pela investigação da chacina que vitimou mãe e três filhas, Bruno França, afirmou que o autor confesso se trata de um predador em série. Uma mulher, de 46 anos, e as três filhas dela, de 19, 13 e 10 anos, foram degoladas e três delas foram estupradas.

Os corpos foram encontrados na última segunda-feira (27) em uma residência localizada em Sorriso, no Mato Grosso, e o suspeito segue preso.

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Conforme dito pelo delegado, o crime foi premeditado, uma vez que o homem morava próximo da casa delas e conseguia observar a rotina da família. “A premeditação é óbvia, porque ele morava na obra ao lado do local do crime e, como todo predador sexual, já vinha espreitando as suas vítimas. [...] Ele foi preso com roupas íntimas das vítimas. Não há maior demonstração de que se trata de um predador em série", disse França durante coletiva de imprensa nesta segunda.

O delegado ainda frisou que o suspeito não estava sob efeito de drogas, visto que ele já possui passagens pela polícia por crimes de abuso sexual e tentativa de homicídio. 

Investigação

Durante o depoimento, segundo a polícia, Gilberto disse que abusou sexualmente da mãe e das duas filhas mais velhas enquanto elas agonizavam. Ele ainda relatou que atacou primeiro a genitora.

"Chegando na delegacia, ele confessou o crime e entregou as roupas que usou para cometê-lo. [Também] entregou as roupas íntimas das vítimas que havia levado como 'souvenir' e apontou qual seria a faca do crime", completou o delegado.

Embora o suspeito tenha confessado o crime, as investigações e exames de perícias seguem apurando as circunstâncias do ocorrido, bem como investigando se outras pessoas participaram da ação.

"Agora, a gente vai averiguar se a versão [dada pelo suspeito] é verdadeira. Mesmo que ele tenha confessado, não quer dizer que a versão é verdadeira. Veremos se há mais envolvidos, se ele fez isso sozinho, se teve comparsa e se foi isso mesmo", finalizou o delegado.

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com

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