Morte de homem linchado teria sido encomendada pela ex-mulher dele, diz irmão da vítima

À polícia, o irmão do homem agredido em Guarujá (SP) disse que a ex-mulher da vítima foi a mandante da primeira “surra”, feita pelo mesmo grupo que espancou o comerciante dois dias depois.

O Liberal
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Uma reviravolta pode mudar os rumos da investigação sobre a morte do comerciante Osil Vicente Guedes, de 49 anos, que faleceu no último domingo (7), três dias após ser espancado por quatro homens no Guarujá, no litoral sul paulista.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Metrópoles, a versão inicial de que ele teria sido vítima de uma fake news, ao ser confundido com um ladrão de motos na rua, pode cair por terra. Segundo familiares, dois dias antes do crime, na terça-feira (2), Osil foi agredido pelo mesmo grupo que o espancou, na mesma região. Na ocasião, os agressores também quebraram a motocicleta do comerciante, que foi socorrido por um irmão.

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A agressão aconteceu em Vicente de Carvalho, bairro do Guarujá onde vive a ex-mulher de Osil, a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida, de quem ele havia se separado recentemente. Após o episódio, Osil chegou a mandar um áudio a um familiar em que conta ter sido espancado e acusa a ex-mulher de ser a responsável.

Agredido pelos mesmos suspeitos

A primeira agressão teria ocorrido logo após Osil sair do consultório de Vanessa, quando o casal teria brigado. Na ocasião, de acordo com a polícia, ele agrediu a ex-mulher, que acionou a Polícia Militar. Quando os PMs chegaram, ele já havia deixado o local. Foi após essa briga que Osil levou a primeira “surra”, conforme relatou à polícia o irmão C.G., no domingo, horas após a morte do comerciante ser confirmada pelo Hospital Santo Amaro.

Segundo familiares, o comerciante estava deprimido por causa da separação e tomava remédios de uso controlado. À polícia, C.G. disse que a ex-mulher de seu irmão foi a mandante da primeira “surra”, feita pelo mesmo grupo que espancou o comerciante dois dias depois. Procurada, a psicóloga não respondeu aos chamados da reportagem.

Investigação

Para a família, a versão de fake news foi plantada para criar um argumento que justificasse o ataque contra Osil. “Ali foi pau-mandado. Os quatro caras foram mandados para fazer essa desgraça com ele”, disse outro familiar da vítima que pediu para não ser identificado.

Os policiais do 2º DP do Guarujá não quiseram comentar as informações obtidas pelo Metrópoles, mas disseram que “nenhuma linha de investigação está descartada”.

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