Morre jornalista Glória Maria, um dos principais nomes do jornalismo no Brasil
A informação foi divulgada pela GloboNews, na manhã desta quinta-feira
A jornalista Glória Maria, um dos principais nomes do jornalismo no Brasil, morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 04 de janeiro e tratava um câncer em metástase. Glória Maria deixa duas filhas, de 14 e 15 anos.
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"É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria", informou a TV Globo, por meio de nota.
Câncer
Glória Maria tratava, desde 2019, um câncer que iniciou no pulmão. Ela cheogu a ter uma metástase cerebral, mas conseguiu tratar com cirurgia. Em meados de 2022, porém, novas metástases cerebrais apareceram e ela precisou entrar em uma nova fase do tratamento. Em janeiro de 2023 ela foi internada.
"Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente", explicou a TV Globo, ao ressaltar que, infelizmente, o tratamento atual "deixou de fazer efeito nos últimos dias".
Filhas
A jornalista tinha duas filhas: Maria e Laura, de 15 e 14 anos. Elas foram adotadas na Bahia, em 2009, na Organização de Auxílio Fraterno (OAF), enquanto Glória Maria fazia trabalhos voluntários. Na época ela estava afastada da televisão há dois anos e fazia viagens por conta própria.
Maria e Laura são irmãs biológicas e o processo de adoção delas durou 11 meses. Durante esse tempo, a jornalista morou na Bahia para conseguir ficar mais perto das meninas. Ela, que até 2009 não queria ser mãe, disse que "não sabia explicar" o que a fez decidir adotá-las. Glória Maria também disse que, por ser mãe solo, já tinha tudo encaminhado para as filhas no caso de algum dia não poder mais cuidar delas.
"Eu nunca quis ser mãe. O trabalho me preenchia, minha vida era perfeita. Elas surgiram por acaso. Eu nunca tinha pensado em ter filhos até que vi as duas pela primeira vez e tive certeza que elas eram minhas filhas. Isso é uma coisa que não sei explicar", declarou durante uma entrevista no Conversa com Bial.
"Minhas filhas não têm pai, eu decidi tê-las sozinha. Sou eu e ponto. Preciso estar bem para vê-las no balé, nos eventos da escola. O dia em que não puder estar, que morrer, elas terão tudo encaminhado. Vão estudar nos melhores lugares, têm padrinhos maravilhosos. Tá tudo certo. Tem gente que opta pelo vitimismo. Eu odeio drama, não sou coitadinha. Vim sem esse sentimento. Nasci numa família extremamente pobre e matriarcal. Cheia de mulheres fortes. Minha avó Alzira, que morreu com 104 anos, tinha uma porrada de filhos, mandava em todo mundo", ressaltou.
Em setembro, a jornalista, que já estava em tratamento, postou uma foto das meninas indo para o Rock in Rio e lamentou por não poder estar com elas. "Minhas vidas. Meus amores. Primeira vez numa programação tipo Rock In Rio sem mim. Foram com a minha comadre Veronica e a madrinha Júlia. Se divertiram mas se Deus quiser no próximo evento vamos estar juntas. Por enquanto preciso me cuidar .Mas tenho FÉ e logo estarei de volta brilhando". Confira a postagem:
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