Glória Maria pioneira: jornalista foi a primeira repórter negra da televisão brasileira
A jornalista foi também a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e a cobrir uma guerra
O nome de Glória Maria é sinônimo de pioneirismo na história do jornalismo brasileiro. A repórter e apresentadora, que faleceu nesta quinta-feira, 2, é sinônimo de “primeira vez” e será lembrada para sempre quando o assunto for telejornalismo.
Em primeiro lugar, Glória Maria foi a primeira repórter negra da TV brasileira. Sua estreia foi no ano de 1971, e a pauta foi a cobertura da queda do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhou, foi seu primeiro mestre. “(Foi) quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar”, declarou.
VEJA MAIS
A morte da jornalista, aos 73 anos, faz com que o caminho da profissional seja destacado com a importância histórica que possui. Glória Maria foi também a primeira repórter a entrar ao vivo no Jornal Nacional, no que foi também a primeira matéria a cores do telejornal, em 1977. A cobertura mostrava o movimento de saída de carros em um fim de semana, no Rio de Janeiro.
Durante a entrada, um imprevisto deixou a repórter em apuros. Uma lâmpada queimou logo no início da reportagem. Em entrevista, ela contou o que ocorreu. “Eu estava dura, rígida, porque não podia errar. Era a primeira entrada ao vivo. Faltavam cinco, dez minutos, era o técnico que ficava com o fone pra me dar o ‘vai’. Quando a lâmpada queimou, faltava um minuto para a entrada ao vivo. O jeito foi acender a luz da Veraneio (carro usado pela emissora nas reportagens)”, relatou.
Transmissão em HD
Ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, em 2007, realizou também a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. A reportagem foi ao ar no Fantástico e abordou a festa do Pequi, realizada pela etnia indígena Kamaiurá, no Alto Xingu.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA