'Me mandou sair na metade do parto', diz marido de outra vítima do médico anestesista
Giovanni Quintella foi preso na segunda-feira (11) após ser filmado estuprando uma mulher durante a cirurgia de cesárea, no Rio de Janeiro
Após a repercussão do caso do médico anestesista Giovanni Quintella, que estuprou uma mulher durante a cirurgia de cesárea, um outro caso está sob investigação. As informações são do metrópoles.
O marido de uma segunda vítima do anestesista prestou depoimento na DEAM de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, nessa segunda-feira (11), relatando que notou atitudes suspeitas do médico durante o parto dos filhos gêmeos, na última quarta-feira (6).
“O anestesista me mandou sair na metade do parto. Minha esposa já tinha dormido e eu não tinha visto nem a criança nascer”, disse o marido da vítima.
A mulher perdeu um dos bebês durante a cirurgia. O homem informou que o parto de um foi normal e o de outro, por conta da ausência de uma ultrassonografia para identificar a posição da criança, foi cesárea. Ele lembra que a esposa dormiu por muitas horas devido a anestesia.
“Depois de três horas fui perguntar sobre a minha esposa e ela continuava dormindo. Depois ela me explicou que não é normal dormir assim durante a cesárea”, explica.
“Tomei um susto quando vi a cara dele no jornal. No domingo de manhã, quando fui visitar meu filho, encontrei com ele no hospital. Ele chegou até a me orientar a colocar o hospital na Justiça, devido a morte do meu filho na cesárea. Sinto muita raiva com tudo isso. A gente está ali confiando nos médicos e acabam fazendo uma coisa dessas”, conluiu.
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A mãe da vítima também lembrou que ela voltou da sala "suja" e muito sonolenta. Ela conta que notou no rosto da filha umas casquinhas brancas e que a pele estava "colando".
A equipe de enfermagem do Hospital Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, que fez o flagrante de Giovanni Quintella, recolheu a gaze usada pelo médico para limpar o rosto da vítima que aparece no vídeo, após o estupro, e entregou à Polícia Civil. O material pode ser mais uma prova contra o médico, pois pode conter esperma de Giovanni.
A equipe de enfermagem do hospital onde os dois casos aconteceram já tinha percebido um comportamento estranho do médico anestesista há cerca de um mês. Uma delas era tentar dificultar a visão dos outros médicos durante a cirurgia, com um pano. A sedação em excesso e a movimentação suspeita durante a cirurgia também levaram colegas de trabalho a desconfiarem de Giovanni.
Em depoimento, a enfermeira e outros colegas da equipe suspeitam que o anestesista tenha cometido o mesmo crime com outras mulheres.
(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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