Influencer relata estupro em avenida movimentada durante o dia: 'seguida e parada por um homem'
Suspeito confessa o crime, mas disse que 'não fez nada de mais'
Uma influenciadora digital de 20 anos fez uma postagem impactante em seu perfil do Instagram, na terça-feira (10), em que relatou o abuso que sofreu. A jovem foi estuprada em uma das avenidas mais movimentadas de Joinville, Santa Catarina, em plena luz do dia, segundo ela.
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Ela detalhou que o agressor a abordou na rua, por volta das 16h30, na última segunda-feira (9). A jovem contou que o crime aconteceu na Avenida Hermann August Lepper, próximo à prefeitura.
“Fui seguida e parada por um homem. Branco, cabelo preto, mais ou menos 1,70 de altura. Vestes limpas e bem cuidadas, aparentemente. Ele pegou no meu braço, disse ser um assalto e me colocou contra uma árvore, de costas, com agressividade. Falou que ia me matar se eu esboçasse alguma reação. Eu fiquei calma, disse que podia levar o que quisesse contanto que não me machucasse”, escreveu.
A influenciadora disse que o criminoso cometeu a violência sexual e não levou nenhum pertence dela.
“Ele não levou nada material, mas levou um pouco da minha alma. Após ser empurrada contra a árvore, ele pegou no meu braço direito, próximo a minha cintura, tirou o pênis pra fora e começou a se masturbar […] Fiquei calma, só queria que acabasse logo… e acabou no tempo do relógio, mas para mim foi uma eternidade. Cerca de 40 segundos depois, ele ejaculou na minha calça”, contou a vítima.
Criminoso afirma que "não encostou" na vítima
Ele foi preso na terça-feira (10). O suspeito foi abordado quando chegava na casa da companheira, na região central de Joinville. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, ele assumiu o crime e disse “não ter feito nada de mais” porque “não encostou nela”.
“Ele reconhece o que fez, mas parece que não tem noção da gravidade, do quanto a conduta dele é odiosa. Tanto que nem tenta se justificar, diz que não fez nada demais, que não encostou nela. É lamentável que a gente se depare com esse tipo de crime ocorrendo em plena luz do dia e que a pessoa sequer tenha consciência do quão odiosa é a sua conduta”, afirmou em coletiva a delegada Tânia Harada, coordenadora da Divisão de Investigação Criminal (DIC).
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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