Choro de criança autista gera briga entre dois homens que acabam mortos, no Piauí
Uma outra vítima está internada em estado grave após tiro na cabeça; Família era de evangélicos e não consumia bebidas alcoólicas
Dois homens morreram e uma mulher está em estado grave após uma discussão que começou por causa do choro de uma criança de quatro anos, diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA), em Teresina (PI).
A tragédia iniciou na última sexta-feira (29), quando Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal, de 38 anos, e tio do menino, brigou com a criança por estar irritado com o choro.
O pai do menino e cunhado de Daniel, Felipe Guimarães Martins Holanda, 37 anos, resolveu tirar satisfações com o cunhado no dia seguinte. Felipe estava com uma faca e o cunhado pegou uma arma. As informações são do Metrópoles e do G1.
VEJA MAIS
Durante a discussão, Daniel efetuou um disparo que atingiu a cabeça da babá Juliana da Silva, enquanto ela cuidava das crianças na área externa. Os dois partiram para um confronto físico e mais disparos foram feitos. Felipe foi acertado na virilha e Daniel na cabeça. A morte dos dois foi confirmada e a babá encontra-se em estado grave.
Todos os tiros partiram da pistola 380 de Daniel, segundo informações preliminares.
A polícia civil apura o que de fato aconteceu para que tal discussão ocorresse. Vizinhos da família informaram que os dois já tinham discutido na sexta-feira (29).
O delegado Francisco Costa, coordenador do DHPP, informou que é muito improvável que o choro da criança em si tenha sido o motivo principal.
"Todo ser humano é um homicida em potencial, basta a oportunidade. Essas duas pessoas esclarecidas entraram em uma contenda e dois vieram a óbito. Devia haver já um ranço entre as duas. O choro de uma criança autista levar a tudo isso, não acredito. Mas a investigação é que vai dizer. O inquérito policial foi instaurado para explicar como foi a dinâmica do crime", disse o delegado.
A família era evangélica e não fazia uso de bebidas alcoólicas.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora do núcleo de política, Keila Ferreira
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA