Castração química para quem comete crimes sexuais: saiba o que é isso

Na Tailândia, um projeto de lei que visa combater o crime sexual usando a castração química foi aprovado pelo Senado; saiba detalhes sobre o método

Paula Figueiredo
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Na madrugada de segunda-feira (11), um médico anestesista foi preso em flagrante após estuprar uma grávida durante uma cesárea. A notícia chocante reacendeu uma discussão para a devida punição de estupradores, com muitos internautas e telespectadores manifestando curiosidade acerca da castração química. No mesmo dia, na Tailândia, um projeto de lei que visa combater o crime sexual usando o método foi aprovado pelo Senado e passará por uma votação na câmara para depois ser sancionado. Pensando nisso, o Oliberal.com explicou o que é a castração e se ela de fato impede estupros, confira

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O que é a castração química?

O método consiste em uma forma temporária de privar que o abusador tenha impulsos sexuais. Para isso, diferente do que muita gente imagina, não ocorre a remoção do órgão genital, mas sim uma oscilação na dosagem hormonal devido ao uso de medicamentos. Com isso, o homem passa a ter dificuldade de manter uma ereção

O que é usado na castração química?

Geralmente são usados dois tipos de drogas no procedimento: um que inibe a produção de testosterona e outro que estimula a produção hormonal. "A droga pode ser comprada na farmácia e o valor chega a R$ 3.000 por injeção, no caso de remédios que precisam ser usados uma vez a cada três meses. É necessário ter receita prescrita por um médico", declarou Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), para o portal Uol. 

A castração química vai impedir estupros? 

Não, pois, mesmo sempre ereção, o agressor pode praticar a violência sexual de outras maneiras. "O que acontece é que o impulso sexual do indivíduo diminui, mas o interesse continua. Em casos de estupradores não é apenas uma questão orgânica que importa, o problema também é 'intelectual”, ressaltou Eduardo Ribeiro, urologista e professor da UnB (Universidade de Brasília).

Segundo o psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC, Danilo Baltieri, um estuprador precisa ser avaliado por especialistas para saber qual método será mais adequado, uma vez que cada caso é um caso

Na Tailândia, dos 16.413 agressores sexuais que cumpriram pena e foram liberados entre  2013 e 2020, 4.848 voltaram a cometer o crime novamente. De acordo com o PL, os estupradores com risco de reincidência terão a opção de receber injeções para reduzir os niveis de testosterona em troca de um tempo de prisão mais curto. Esses infratores seriam acompanhados por 10 anos e obrigados a usar tornozeleira eletrônica. 

(Estagiária Paula Figueiredo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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