Brasil vai receber vacina contra varíola dos macacos ainda em setembro, afirma ministro da Saúde
Inicialmente, serão vacinados os profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do vírus
Ainda neste mês de setembro, o Brasil vai receber 50 mil unidades da vacina contra a varíola dos macacos. O anúncio foi feito ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa Brasil Em Pauta, da TV Brasil. Segundo ele, inicialmente, serão vacinados os profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do vírus.
Queiroga observou que, conforme estudos, uma dose dessa pode ser fracionada em cinco doses. “Então, nós podemos beneficiar um número maior de pessoas. A princípio são aqueles que têm contato com o material contaminado", declarou.
"No mundo inteiro o surto tem diminuído, a velocidade de progressão dos casos é menor e nós estamos numa fase de platô com queda. Então esperamos que esse surto seja controlado", completou Queiroga.
O Ministério da Saúde, porém, explicou ao Portal UOL que ainda não tem uma data para chegada dos lotes do imunizante, mas confirma que o recebimento será feito ainda na segunda quinzena de setembro.
O Brasil está negociando com o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic e conta com a intermediação da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). O Ministério da Saúde também recebeu autorização emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importar o antiviral Tecovirimat, que deve ser utilizado em situações graves e específicas.
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A pasta trabalha ainda com o desenvolvimento de um imunizante nacional para enfrentar a doença, com a expectativa de que a vacina esteja operacional no segundo semestre do ano que vem.
"É algo que está trabalhado, em pesquisas. Já recebemos a Universidade Federal de Minas Gerais, que nós chamamos de semente, que depois gera a produção do IFA, e a Fundação Oswaldo Cruz, através de Biomanguinhos, tem capacidade de fazer escala. Mas isso é se houver uma indicação de vacinação para um grupo maior de pessoas", diz Queiroga.
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