Adolescente que matou pais e irmã ficou 3 dias com corpos em casa e saiu para ir à academia

Ao decorrer do fim de semana, o jovem seguiu normalmente com a sua rotina, saindo para a academia e a padaria. Ele afirmou para a polícia que não se arrependeu dos crimes

Pedro Garcia

Na última sexta-feira (17), um jovem, de 16 anos, matou a tiros os pais adotivos e a irmã, após um desentendimento familiar. O crime aconteceu na Vila Jaguara, Zona oeste de São Paulo. Segundo informações da Polícia Civil (PC), o garoto teria cometido o crime porque ficou com raiva dos pais, após terem tirado o seu celular e o computador.

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O caso só foi descoberto três dias depois, quando o próprio garoto ligou para polícia para informar o crime que havia cometido. Ou seja, o adolescente conviveu normalmente com três cadáveres durante 72h, de sexta-feira (17), até o domingo (19). 

No depoimento, o adolescente relatou que sempre se desentendia com sua família e já tinha pensado em matar os pais em outras ocasiões. Porém, na quinta-feira houve uma nova discussão e, de acordo com ele, os pais o chamaram de vagabundo e tiraram o celular de sua posse, o que acabou impedindo que ele fizesse uma apresentação na escola, e por isso, orquestrou as mortes. 

O pai, de 57 anos, era guarda civil, trabalhava no interior de São Paulo e guardava a arma em casa, o que acabou facilitando o crime. No boletim policial, foi registrado que, por volta das 13h, o pai foi baleado pelas costas, enquanto estava na cozinha. Logo após, o jovem subiu até o segundo andar e atirou contra a irmã, de 16 anos. 

 Ao contar o relato para a polícia, o filho informou que só matou a irmã porque ela estava no local. Após matar o pai e a irmã, ele ainda voltou normalmente para sua rotina, almoçando, indo para academia e voltando para casa para esperar a mãe chegar do trabalho. Até que por volta das 19h, ele abriu a porta para a mulher e disparou.

No decorrer do final de semana, o jovem seguiu normalmente com a sua rotina, saindo para a academia e para padaria. Ele afirmou para a polícia que não se arrependeu dos crimes.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou o crime na 33° DP (Pirituba) e classificou o crime como: homicídio, feminicídio, posse ilegal de arma e Vilipêndio de cadáver (ato de desrespeitar, ridicularizar, ofender a honra do corpo de uma pessoa morta). O criminoso foi apreendido e levado até a Fundação Casa.  

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