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Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi celebra 129 anos neste feriado

O aniversário do Parque dá início às celebrações pelos 158 anos de atividades do Museu Goeldi, que foi criado em 6 de outubro de 1866

Dilson Pimentel

Recebendo a visita de 300 mil pessoas por ano, em média, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi completou 129 anos de existência nesta quinta-feira (15), feriado de Adesão do Pará à Independência do Brasil. E, para celebrar esta data, foi realizada uma programação especial durante a manhã para os visitantes. Com direito a "bolo de flores" e muitas atividades. O aniversário do Parque dá início às celebrações pelos 158 anos de atividades do Museu Goeldi, que foi criado em 6 de outubro de 1866.

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Neste ano, com o tema “As memórias contam histórias”, a programação de aniversário do Parque Zoobotânico, o mais antigo do gênero no Brasil, contou com recursos do Setor de Educação (SEEDU) do Museu Goeldi. As atividades educativas dialogaram sobre a preservação da memória, a partir de detalhes da história centenária da base física mais antiga do Museu Goeldi, seus significados e a relevância para a sociedade. Entre os recursos selecionados, destacam-se o Baú de Memórias, a Coleção Didática Emília Snethlage, as Pranchas Didáticas e o kit Os Maiorais do Parque Zoobotânico.

Aniversário do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi

O ponto de encontro para as celebrações com diversão e aprendizados foi a área da Samaumeira Jovem, próximo ao portão da Travessa Nove de Janeiro. Sob os galhos da Samaumeira, o visitante terá teve contato com o Baú de Memórias, um kit educativo, elaborado pelo Clube do Pesquisador Mirim, que conta a história do Museu Goeldi por meio de fotos, objetos históricos e depoimentos.

image "Bolo" de flores no aniversário do Parque Zoobotânico (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

Também para promover a preservação da memória e sensibilização ambiental, a Coleção didática Emília Snethlage trouxe alguns animais ícones da história do Parque e que cativaram gerações de visitantes. Esses símbolos queridos, após seu falecimento com avançada idade, como o jacaré-açu Alcino e a onça preta Bemp, foram tratados e incorporados à coleção didática.

Vários animais taxidermizados desta coleção já foram moradores do Parque do Goeldi, a realização de ações junto ao público demonstra como o local é um agregador de experiências, realidades e memórias, vividas por diversas gerações de visitantes.

A coroação do aniversário, e o momento mais aguardado, foi quando os visitantes se reúniram para cantar parabéns ao Parque, que alimenta o verde no coração da cidade, ao redor do tradicional bolo de flores, formado por mudas de várias espécies de plantas e que, ao final, foram distribuídas ao público.

Pedro Oliva é chefe do Parque Zoobotânico explicou que esse parque é plantado. “E ele não nasceu nesse quadrilátero desse jeito. Alguns terrenos foram sendo desapropriados. E foi assim que ele ganhou essa forma. Antes ele era afastado da cidade. E hoje ele está dentro da cidade”, disse. “Então ele tem uma grande importância pelo microclima que cria, pelas espécies que a gente preserva aqui dentro, tanto da flora quanto da fauna. E é um espaço de lazer. Sem contar também que nós temos os prédios históricos que contam a história da arquitetura”, afirmou.

“Nós recebemos uma boa quantidade de visitantes que podem desfrutar um pouco da nossa floresta. Porque a gente procura, dentro do parque, mostrar pedaços das florestas e dos sistemas da Amazônia”, disse. Ele também falou sobre o bolo de flores.

Coordenador da Divisão de Museologia, Emanoel Fernandes Junior disse que o aniversário do parque é um momento para promover uma série de atividades e resgatar essa relação afetiva que as pessoas da cidade de Belém têm com a instituição, principalmente com o parque. “No geral, quando as pessoas falam em museu aqui elas associam automaticamente ao Goeldi, por ser uma instituição muito antiga. Têm duas, três gerações da mesma família que visitam o parque. Então elas têm uma relação de muita proximidade com o parque e com as lembranças que o parque traz ainda dessa infância”, afirmou.

Visitantes destacam importância do parque

O arquiteto Bruno Gomes, 43 anos, visitou ontem o parque com a esposa, Cristiane Machado, e a filha da casa, Ana Luíza, 6. “Desde a minha infância faz parte da história da gente, do Pará, e é fundamental para as novas gerações”, disse. Ela falou da importância de sua filha ter esse contato com a vegetação e os animais. “Eu tenho excelentes lembranças daqui. Eu lembro de vir passear com a minha mãe de tirar foto no cavalinho, de ver a onça pintada e de ver o jacaré. Correr mesmo pelos espaços do bosque e hoje ela faz isso. Isso é fantástico”, contou.

A pequena empresária Susanne da Luz, 41 anos, visitou o parque com filhos Carlos Augusto, 20, e Amy Vitória, 3. “Eu não sabia que era aniversário do nosso museu, mas eu trouxe eles para mostrar a importância desse lugar. Faz muitos anos que eu não trago o meu mais velho e a minha menorzinha é a segunda vez”, disse. “São poucos lugares que a gente tem aqui na nossa cidade com essa floresta, com a fauna e a flora. Eu já frequentei muito aqui”, disse. “Meu filho precisava sair mais, porque tava muito preso também na internet, em jogos. Então é importante a gente tirar os nossos filhos desse mundo aí que é fechado”, contou.

O que tem no Parque Zoobotânico?

O Parque Zoobotânico é a porta de entrada para o universo do Museu Goeldi e da Amazônia. Abriga hoje quase 3 mil árvores de grande, médio e pequeno porte, arbustos e cipós; além de cerca de 100 espécies animais, com mais de 1.600 mamíferos, aves e répteis, incluindo 200 peixes. Em seu circuito, os visitantes encontram espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção e também 14 edificações históricas, entre prédios e monumentos.

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